Alguns ainda negam, outros ignoram ou simplesmente negligenciam, o fato de que as atuais estratégias de marketing passam pelo crivo, cada vez mais importante, da ciência de dados, da análise de cenários e desenvolvimento de ações específicas de Marketing decididas e desenvolvidas através de um estudo analítico e exato.
A ciência de dados ou os cientistas de dados, profissionais de diversas áreas de origem, tais como gestores, estatísticos, engenheiros e também profissionais de Marketing, é cada vez mais presente e utilizada como base nas decisões e planejamento de Marketing mundo afora.
A partir de análises simples e também de análises cruzadas, esses profissionais estão mudando a forma de fazer Marketing pelo mundo, onde modelos estatísticos e preditivos, tomam o lugar do feeling de profissionais cada vez mais viciados e, muitas vezes, com a cabeça fechada o suficiente para não perceber que os clientes estão em constate mutação no que tange ao seu comportamento de compra, bem como seu lifestyle.
Os dados, a informação e o conhecimento, são cada vez mais utilizados como entidade propulsora para as novas ações de Marketing, o feeling, cada vez mais trocado por análises numéricas e estatísticas. Quando se observa esse fenômeno, que foi batizado de Big Data, muitos profissionais de Marketing acabam pensando que essas análises, esses resultados só podem ser alcançados por profissionais com origem no campo de exatas, tais como, engenheiros e estatísticos, ou que para um profissional de Marketing, esses estudos são uma “caixa de pandora”. Ledo engano. É provado que as duas áreas que mais se beneficiam dos estudos e análises possíveis de serem realizadas pela ciência de dados são: a gestão pública e o Marketing.
Por exemplo: No WalMart, maior rede de varejo do mundo, o cliente é monitorado desde o primeiro contato que tem com a rede no mundo inteiro. Esse monitoramento é capaz de desenvolver ações segmentadas diretamente para os diversos perfis de clientes que o varejista possui e tudo isso ao mesmo tempo.
Uma boa análise de comportamento de clientes monitorados pode resultar em até 95% no aumento da efetividade das ações realizadas pelas empresas.
E é aqui que mora a grande oportunidade para profissionais de marketing. Se é possível aumentar em até 95% o retorno das ações realizadas, por que insistir somente em ações não segmentadas ou na realização de propagandas ou ações de vendas “no geral”?
Gostaria de acreditar que é por simples falta de informação. Mas sei que a resistência a essa abordagem de Marketing realizada pelos próprios profissionais de Marketing, Comercial e Comunicação é o que faz com que o Brasil esteja deveras atrasado nessa área.
Mas, afinal, por que isso ocorre? Não podemos melhorar nossa abordagem mercadológica através de mecanismos que nos ajudam a acertar mais do que errar? Ou essa resistência é um caso clássico de preguiça?
Essa é pra pensar com carinho!
Até a próxima Folks!