“O oitavo período chegou e a formatura está aí, mas o emprego que é bom…nada! E agora…Bate aquele desespero.”
O primeiro passo para se conseguir um bom emprego é manter o foco. Não adianta atirar para todos os lados e querer trabalhar em shoppings, empresas de eventos ou aeroportos. A menos que queira de fato isso. Depois de começar em outro ramo provavelmente se acomodará no emprego atual, sendo difícil voltar para sua área, a comunicação.
Programas de estágio são fundamentais para se adquirir experiência e contatos, façam-nos. Você pode reclamar que pagam pouco e que o chefe manda você executar o trabalho que ele deveria fazer, mas o momento de arriscar, de errar e de aprender é enquanto você está no curso, não depois que forma.
Ser um bom aluno também pode dar contribuições valiosas para seu currículo. Às vezes aquele aluno intitulado “nerd” pelos colegas e alvo de brincadeirinhas pode se dar bem. Por quê? Simples: é mais fácil para um professor guardar o nome de um aluno que se destaca na matéria dele pela participação e interesse ou de um aluno mediano (levando em conta que as salas de faculdades têm aproximadamente uns 40 alunos por turma)?
Este foi o meu caso. Com um bom relacionamento com a professora de Comunicação Integrada e sempre atenta e envolvida nas aulas, foi ela que praticamente me deu meu primeiro emprego. Referência no mercado publicitário por trabalhar em uma grande agência, a Lápis Raro, a executiva de contas Daniela Valadares me indicou para uma vaga na Stalo Comunicação.
No final de 2002 recebi um telefonema de um dos sócios da Stalo, Euler Rodrigues, ele me disse que havia uma vaga para executiva de contas aberta e que haviam entrado em contato com a Daniela, que me recomendou. Eles não tinham meu currículo ou qualquer informação adicional de experiência, mas como havia sido muito bem indicada queriam que eu enviasse a eles meu CV e que marcássemos uma entrevista. Na época estagiava nos Correios e estava envolvida no Projeto Prefeitura, um grande projeto desta empresa. Disse a eles, na entrevista, que não poderia largar o estágio naquele momento e deixar meus colegas “na mão”. A equipe da Stalo viu nisto sinal de compromisso e no fim da entrevista disse que se quisesse, a vaga era minha. Esperaram meu estágio acabar e ingressei na equipe assim que me formei.
É importante ressaltar que mesmo que você tenha entrado em uma agência por indicação, só o bom trabalho e a dedicação manterão você lá dentro. Uma vida acadêmica pode lhe render mais que aprendizado com livros e mestres, mas contatos que serão fortes pontes com o mercado de trabalho futuramente. Hoje, com experiência docente, vejo claramente quais alunos são bajuladores e quais são promissores, tendo, estes últimos, minha indicação para o mercado de trabalho, assim como eu comecei um dia.”
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