Desde que o mundo é mundo, as pessoas buscam algum tipo de pertencimento. Seja na moda, na política, na tecnologia ou mesmo no mundo dos negócios, estamos sempre seguindo tendências.
Quem se lembra das aulas de História do Brasil, sabe da não tão pomposa chegada da corte portuguesa à cidade do Rio de Janeiro. Bastou Carlota Joaquina aparecer em público desfilando com turbante na cabeça, para a elite carioca da época copiar o inusitado look acreditando se tratar de um modismo europeu.
Façamos parênteses, mas o fato de trajarem turbantes nada tinha a ver com o que se passava na Europa. Por conta das péssimas condições de higiene durante a viagem, uma epidemia de piolhos acabou se espalhando, obrigando as damas reais a improvisarem o uso do acessório. Este caso banal demonstra um traço marcante do comportamento do consumidor, humano e principalmente, brasileiro: estamos sempre ávidos por novidades e somos, totalmente, influenciados pela forma de vida e cultura dos países considerados mais desenvolvidos.
A internet é um meio extremamente eficiente, barato e de retorno rápido. Nesse contexto, os e-commerces permanecem em constante ascensão e os Blogs passaram a ter uma relevância enorme no processo de compra. Quando se fala em moda, pode-se dizer que os blogs têm uma força ainda maior como canal de comunicação, justamente, pelo poder de influência e identificação que possui. É possível dizer que quase 25% dos consumidores que vão aos PDVs, conheceram as marcas por meio de blogs, um percentual altíssimo que não pode ser ignorado.
As chamadas itgirls, tornaram-se as grandes “trendsetters” do meio, disponibilizando informações de maneira muito mais atualizada do que revistas e editoriais, disseminando opiniões pela rede para milhares de seguidores. Muitas destas meninas, já possuem mais de 50.000 visitas mensais em suas páginas, chamando a atenção das grandes marcas.
Esta prática passou a fomentar a indústria da moda, que percebeu a força deste tipo de recomendação “imparcial” e apressou-se em buscar parcerias com estas formadoras de opinião, oferecendo-lhes artigos para serem degustados (e recomendados), convidando-as para eventos, para estrelar campanhas etc. Estratégias simples e de muita aceitação pelo grau de identificação que produzem com o público-alvo.
O cenário neste mercado esta mudando a passos largos. Muitas marcas novas surgindo pela internet, dando lugar para novos estilistas e ampliando a oferta. A loja física não deixará de existir, mas as vendas inclusive pelo Instagram são hoje um indicador da influência tecnológica existente, mostrando que as lojas físicas terão que se reinventar. Grifes reticentes à venda on-line já migram esforços e as flagships, lojas conceito em praças importantes, aparecem com força total, sendo a vitrine de marcas que se consolidam no campo virtual.
O consumidor, mais do que nunca, busca essa troca de experiências, quer expressar suas opiniões e ao mesmo tempo receber informações sobre o que é tendência no mundo. Ou seja, já não basta ter um site, um e-commerce, perfis nas redes, também é preciso comunicar-se com seus consumidores por meio de blogs, uma ferramenta indiscutível para monitoramento e penetração de marca.