A parte que falta no marketing de influência

Nas últimas semanas fomos bombardeados por memes e mais memes gerados de um livro, até então desconhecido pela a maioria de nós. O título? A PARTE QUE FALTA. O público? Infantil. E, falando assim, não parece algo muito interessante, certo? Entretanto, quando uma influenciadora com milhares de seguidores resolve dar destaque a um livro, o que pode acontecer? Conteúdo Viral.

E foi exatamente isso que ocorreu quando Julia Tolezano, conhecida pelo apelido de Jout Jout, vlogueira, de 27 anos, decidiu ler este livro no seu canal. Marcas e pessoas reproduziram o conteúdo exaustivamente, mudando apenas “a parte que falta” a elas.

Um viral é o que que toda marca deseja. Também é algo difícil de produzir, chega a ser um mistério construir um que seja tão bem sucedido. Não existe uma fórmula exata ou mágica que produza como resultado mídia espontânea. No entanto, é possível extrair alguns elementos que tornam a narrativa do livro tão interessante às pessoas e explica o motivo de tanto encanto em torno do assunto. Entre eles estão um conteúdo com forte apelo emocional, que trata de aflições, medos e buscas cotidianas.

Trata-se de um storytelling fácil, simples e comum a todos nós. A linguagem é acessível e a emoção torna muito fácil a sua compreensão. Além disso, está atrelado o fato de estarmos em constante busca pelo que nos falta e, mesmo que para você “a parte que falta” seja diferente do que é para mim, ou diferente de qualquer outra pessoa, em comum temos o ato de estar em constante busca por algo que sempre falta. Psicologia, Filosofia? Não sei. Mas, faz refletir.

Talvez seja por isso que tanta gente se identificou com a simplicidade do livro, que é direto, óbvio e até comum, mas expresso de modo tão emocional que nos transporta para o universo dele e nos faz querer compartilhar aquele conteúdo.

Exposto como foi, concluímos até que esse assunto não é infantil. As crianças não se interessam e ainda não são capazes de entendê-lo. Basta ir na Amazon ler os comentários deixados lá. Muito antes do livro virar centro de atenções, uma usuária reclama que comprou para filha e que esta não gostou.

Provavelmente, dar visibilidade ao livro não foi uma ação promocional.Não parece um vídeo patrocinado. Também em nenhum momento isso é citado, entretanto, ninguém parece se importar. Ou seja, o livro ganhou uma notoriedade que talvez não tivesse sido a mesma se a editora tivesse optado por fazer uma propaganda de 30” na TV.

Agora, se pensarmos na situação contrária, quando um influencer consegue tornar algo negativo, se fosse um vídeo deboche, falando mal, ela poderia ter feito as vendas despencaram e o livro tornar-se motivo de piada. E é aqui que conseguimos notar a força dos influenciadores digitais. Pessoas comuns ganham status de celebridade, por meio da internet, e conseguem uma audiência enorme sendo capazes de vender muito, ajudarem a faturar muito ou até falir uma empresa.

E se você ainda duvida de que ter influenciadores digitais ao lado da sua marca é um bom negócio, basta ler a notícia de que uma simples mensagem de Kylie Jenner derrubou ações e causou um bom prejuízo ao Snapchat.

Não há dúvida que ser um influencer digital mais que modinha, realmente virou um trabalho. E contar com o apoio destes influenciadores pode trazer bons retornos às campanhas de marketing.

O maior desafio agora, “a parte que falta” é conseguir produzir algo que não tenha cara de publicidade, que pareça espontâneo, que seja compartilhado por puro desejo de repassar conteúdo. Pois as pessoas continuam adorando comprar, porém ainda não gostam que você venda para elas.

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1 comment

  1. José Carlos Suzuki

    Acho que a parte que falta é fazer essa conta fechar. Tem um batalhão de youtubers tirando do próprio bolso para tentar um dia ser influencer digital e uma dúzia que ganha algum dinheiro com isso.