Apelo ambiental ou estratégia de marketing?

Hoje vamos falar sobre estratégias de marketing que podem, ou não, ser confundidas com uma sutil ação espontânea para o bem estar geral.

O artigo “Nova Abordagem da Honda na Fórmula 1: Breakthrough em marketing esportivo?” aborda a questão sobre a ousadia da Honda em substituir os patrocinadores nos carros por uma imagem da terra vista de cima. A dúvida fica no que tange a origem dessa inciativa. Será apenas um apelo ambiental ou não passa de marketing estratégico para divulgação da marca?

Uma coisa é fato, a ideia da Honda ganhou proporções gigantescas e mesmo que o resultado esperado não fosse visibilidade, isso aconteceu. Várias empresas procuraram a Honda para se associar à estratégia e isso mostra como está na moda, e dá resultado, fazer algo diferente (não necessariamente inventando, mas talvez inovando). Quem esperaria que na Fórmula 1 houvesse alguma iniciativa do tipo?

No fundo, o que todas as marcas querem é levantar recursos, de patrocinadores – que agora são muitos candidatos – para aumentar a tecnologia e a velocidade dos carros. Só lamento que as empresas hoje estejam usando um apelo ambiental e emocional para conseguir o que não podem esconder de ninguém: mais investimento.

A ideia por si só é muito válida e muito interessante, uma grande jogada de marketing que, a meu ver, não foi nada inocente. Mas transformar a Fórmula 1 em uma bandeira ecológica já acho muito forçado. Não é impossível, mas acho difícil. Mas é fato que, a sacada de marketing foi sensacional, e a Honda será sempre lembrada; isso até que outra apareça com uma iniciativa ainda mais inesperada. Só não vale achar que todos acreditam ser nada intencional, aí estão duvidando da nossa percepção enquanto consumidores. Vale a dica: até onde hoje, onde a percepção do consumidor não é tão inocente mais, conseguimos inovar sem forçar a barra?