Recentemente, vi uma matéria no site da Época Negócios que trata sobre o tempo de trabalho. É um texto breve, que em resumo, fala que nós trabalhamos menos do que achamos que trabalhamos. Há momentos em que damos duro em nossas funções, mas há momentos em que ocupamos nosso tempo com leituras, conversas, discussões, ligações, resolução de problemas pessoais, e isso tudo vai ocupando nosso tempo durante o dia e nos deixando fadigados, que parece (parece) que ficamos assim por causa do trabalho, quando não é verdade (a não ser que o trabalho seja extremamente braçal, o dia todo, o que não é comum). Eu fui tentado a concordar, até porque quando eu li a matéria, eu estava no trabalho, mas não estava trabalhando. Muito provavelmente, se você está lendo essa matéria durante o dia, também vai estar na mesma situação que eu (rs).
Ponto para você!
Mas há algo de positivo nisso. Se você encontrou esse artigo, assim como eu encontrei o artigo da Época Negócios, isso significa que você está investindo seu tempo ocioso em algo produtivo. Você está buscando conhecimento. E isso é uma das coisas que destacam as pessoas comuns das brilhantes. Elas sabem que precisam ocupar o tempo livre para fazer coisas úteis, desde ler uma revista ou um livro, até ligar para a mãe para saber se está tudo bem em casa. Esses dias, um dos diretores da empresa veio, do nada, ver o que eu estava vendo na tela do computador. Como eu costumo ter várias abas abertas, tinha muita coisa, mas o que estava aberto na hora em que ele viu? O curso de inglês online que eu estou fazendo. Isso foi bom, porque ele percebeu que em meu tempo ocioso, eu não fico online no Facebook, ou vendo vídeos de entretenimento no Youtube, ou mesmo enrolando no trabalho (ainda que eu tivesse feito isso rapidamente), mas buscando conhecimento. Assim, chego ao ponto que quero tratar nesse artigo: aproveite seu tempo ocioso!
Mas o que é tempo ocioso?
Basicamente, é todo o tempo livre que você tem, entre uma atividade e outra dentro do horário de trabalho. Você por exemplo precisava fazer uma planilha, terminou, e agora está aguardando uma nova ordem ou necessidade. O que você faz nesse intervalo de tempo? Se for um minuto, você vai tomar uma água, ir ao banheiro, falar com o colega de trabalho, fazer uma ligação. E se for uma hora? Você vai ficar uma hora sem desempenhar nenhuma atividade? Vai ficar no bate-papo do Facebook? Vai jogar Fruit Ninja no smartphone? Vai dar uma fugida da sala, e colocar os papos em dia com os amigos de outro setor? Se você faz ou gosta de fazer isso sempre, lembre-se de que você é observado por todos, diariamente. E normalmente, as pessoas que mais observam são decisivas na hora de contratar, demitir ou promover alguém.
Uma palavra que é moda, mas nem sempre é praticada
Sabe qual é essa palavra? Proatividade. Essa atitude e característica precisam ser vivenciadas e percebidas por todos. Tanto quando você percebe uma necessidade no ambiente de trabalho, quanto no momento em que você não está fazendo nada. É quando você sabe se é proativo ou não. Quando você sabe o que fazer quando não está fazendo nada. Precisamos mostrar que estar sentado na frente do computador e não fazer nada são coisas bem distintas. E como é que se mostra isso?
É simples. Principalmente com o advento da internet, é possível:
a) Ser bem informado: se buscamos informação, e se coletamos informações, sabemos falar sobre qualquer assunto, e não ficamos calados frente a reuniões informais com o chefe, conversas de corredor, ou o encontro casual no café;
b) Adquirir conhecimento na área de atuação: sinceramente, qual o assunto que pesquisamos na internet, e não achamos nada? Muitos profissionais (eu já vi e ouvi) afirmam que a maior ferramenta que eles tem para aprender é o Google. Eu estou virando adepto disso também. O Google tem me ajudado a encontrar o que procuro. A questão é: o quanto temos procurado? E mais: o que existem de cursos online à disposição, não está no gibi. É possível encontrar cursos gratuitos (Ex.: Fundação Getúlio Vargas e Fundação Bradesco) e cursos pagos, que certificam o concluinte; é possível ver vídeo-aulas de universidades renomadas mundialmente, como Harvard, Stanford, MIT, USP (melhor universidade latino-americana), entre outras. É possível aprender nas áreas de Humanas, Exatas ou Biológicas. É possível aprender outros idiomas, entrando em contato com pessoas de outros países. Quando isso foi possível em outro momento da história? E por que não aproveitar esse momento, para adquirir conhecimento?
c) Ser conectado: a internet nos possibilitou uma conexão infinitamente rápida com pessoas, empresas, ONG’s… Pensando assim, imagine que você precisa de um fornecedor de materiais de escritório. O que se faz? Vai no Google, pesquisa “fornecedor de materiais de escritório”, e aparece uma lista. Você pode selecionar, conversar com o vendedor, negociar, escolher, e depois opinar para outros que também precisam e buscam o mesmo serviço. Isso é fantástico, porque isso tudo é feito sem sair do lugar. Além de que, quando seu chefe ou alguém do trabalho precisar, você terá a resposta. Ou seja, você se conecta com empresas, com outros profissionais da área, profissionais de outras áreas, e compartilha algo que é extremamente valioso nos dias de hoje: a experiência. No mercado, quem adquire mais experiências relevantes, acaba tendo destaque sobre os demais.
d) Buscar qualidade de vida: isso também é importante. Há momentos em que precisamos parar. Precisamos entreter a mente. Uma pesquisa recente diz que jogar um game por uma hora, diariamente, ajuda o cérebro a se desenvolver. Eu estou fazendo disso um hábito, e já sinto minha mente com mais facilidade de aprender, raciocinar, memorizar ou lembrar algo (vi essa na Época Negócios também… rsrsrs). Também é saudável rir, contar piadas. Li uma matéria que fala sobre o humor, como sendo uma característica muito bem vista por chefes e executivos (na Você S/A). Conversar, colocar o papo em dia, ir em outros setores, para ver os amigos, isso é saudável e até necessário, pois ficar sentado o dia todo não faz bem.
Enfim, se eu ainda não disse nada, fica aqui o resumo de tudo: seu tempo só é ocioso se você quiser. Não queira que seu tempo seja assim, porque o tempo perdido não volta. Aproveite o hoje, o agora, para crescer.
Izabela Reis
Douglas adorei o estilo do seu texto. Mesmo em férias nosso cérebro, claro, não para de funcionar e nessas horas mesmo sem saber temos muitas idéias interessantes para algumas situações complicadas, isso já aconteceu muito comigo. Eu tento aproveitar todo o tempo para fazer algo útil e fugir daquela preguiça que as vezes quer nos pegar, não é?
Ueliton
Muito bom o texto Douglas.
A maioria das pessoas não sabem aproveitar seu tempo e acham que fazem mais do que realmente fazem. No entanto, ter aquela preguicinha de vez em quando também é bom!
Parabéns!
Priscila Stuani
Olá Douglas,
Gostei do texto.
Sem sombra de dúvidas, qualidade de vida é tudo na vida! Rs!
De um tempo para cá, tenho conseguido dosar o trabalho com lazer, esportes e o resultado está sendo bem positivo.
A desculpa universal para justificar nossas faltas é: “Não tenho tempo”.
Não tenho tempo para descansar, para fazer tudo, e etc… E isso é um erro. O tempo é nosso, nós distribuímos e nos organizamos.
Ser bem informado também é extremamente importante. Sou adepta de uma máxima: “É melhor se calar e acharem que você é ignorante, do que abrir a boca e terem certeza”. Claro que num mundo onde conta a atitude, o peixe sempre vai morrer pela boca…
Gostei do artigo, parabéns!
Pri
Sara
Você acertou em cheio! Estou no trabalho, com não sei quantas abas da internet abertas. Hahahah
Todo dia procuro sobre um assunto diferente e mesmo assim não sinto que aproveito bem o tempo livre! Mas você meio que “me inspirou”, Douglas! Já vou pesquisar mais coisas estritamente relacionadas à minha área de atuação, cursos, acontecimentos, novidades.. TUDO!
Adorei o texto! Vale à pena a leitura e, ainda mais: vale à pena a prática disso!
Sara.