Há mais de 60 anos, os conceitos de marketing são difundidos no Brasil, no entanto esses conceitos ainda se confundem absurdamente com suas aplicações. Marketing tem muito mais a ver com estratégias de fidelização e identificação de mercados do que com propaganda, que é apenas uma das ferramentas do marketing.
Gosto de definir a publicidade e a propaganda como ferramentas, que criam um elo emocional entre a empresa, seus produtos e marca com os consumidores.
A propaganda vai elaborar na mente do consumidor um caminho que somado aos processos mnemônicos e culturais tornará o produto objeto de desejo, o que é facilmente perceptível aos olhos e ouvidos. Nós não vamos ao supermercado comprar leite condensado, vamos comprar leite Moça, mesmo levando Glória, Italac, Itambé ou outro.
Os sentimentos criados podem nos remeter a lembranças felizes (e tem que ser assim), sejam de alegrias sentimentais ou momentos que desencadeiam risos e gargalhadas. O importante é criar o vínculo de sentimento positivo.
Marketing é um pouco de muitas coisas dentro da empresa e tem uma vida própria, com foco nas necessidades e desejos dos clientes. Encantá-los é a palavra mágica. O fundamento do marketing é promover mais vendas e a propaganda, chamar a atenção do consumidor para um produto ou marca, mostrando que estes podem satisfazer aos seus desejos e necessidades. No entanto, esta parceria deve seguir linhas de visão específicas.
Na busca desta visão, para uma venda saudável, que atenda plenamente ao desejo do consumidor, observamos que não existe a “melhor visão”, existe sim, uma relação mais adequada para cada momento mágico entre o consumidor e o contato com o produto.
Argumentação de vendas ou visão ampliada de marketing ?
Desenhamos um modelo facilmente aplicável de proposta para argumentação de venda ou o desenho dela. Daí vem uma pergunta: Por que ainda existem anunciantes que pensam que o consumidor é um retardado mental e oferece Q’Boa, charque ponta de agulha, desinfetante e outros produtos de baixo valor agregado em horário nobre na TV? Faça uma reflexão sobre o texto abaixo e adapte o seu produto conforme a necessidade de compra e não a de venda.
Não me ofereça roupas. Ofereça-me uma aparência bonita e atraente. Não me ofereça sapatos. Ofereça-me conforto para os meus pés e o prazer de caminhar. Não me ofereça óculos, mas a flexibilidade e a modernidade em meu rosto.
Não me ofereça casa. Ofereça-me segurança, tranquilidade e um lugar que prime pela qualidade de vida. Não me ofereça móveis. Ofereça-me conforto e um ambiente mais aconchegante.
Não me ofereça livros. Ofereça-me horas de prazer e o benefício do conhecimento. Não me ofereça papéis. Ofereça-me opções de realizar trabalhos criativos e diferenciados. Não me ofereça ferramentas. Ofereça-me o prazer de construir coisas bonitas.
Não me ofereça coisas. Ofereça-me ideias, emoções, sentimentos e benefícios. Por favor, não me ofereça coisas.
Perceba que as condições ideais são criadas a cada momento, em cada contato e uma argumentação sólida depende de dois fatores principais: O preparo do vendedor e o conhecimento dele sobre o produto. O demais vai servir para agregar valor em cada momento novo e diferenciado. E lembre-se sempre de estar com os conceitos de produto genérico e produto ampliado na ponta da língua.
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