Nos últimos 2 anos, Big Data pode ser considerado um termo da moda. A tempestade de dados que podem se transformar em tesouro para as empresas no que tange a transformação de dados em informações e informações em conhecimento sobre seus clientes, mercado e tendências.
No Big Data são infinitas as fontes de informações. Podem ser informações estruturadas, disponíveis em bancos de dados diversos, órgãos governamentais, parceiros ou qualquer fonte estruturada e também, informações não estruturadas, tais como textos em Blogs, posts em redes sociais, chegando até à leitura e captação de informações em fotografias e vídeos publicados. As possibilidades de análises e cenários são infinitas, bem como, muitas empresas já se utilizam dos resultados das análises em suas estratégias mercadológicas.
Pois bem, agora temos o que os futurólogos e os que se julgam especialistas no assunto chamam de Small Data. O conceito básico de Small Data prega que existem oportunidades escondidas em pequenas massas de informações, ou seja, se o Big Data trabalha e analisa uma grande gama de informações colhidas, o Small Data trabalha somente com os pequenos volumes de informações colhidas em pesquisas com os clientes, e-mails com queixas e reclamações, além de volume de transações ou de bancos de dados da própria empresa.
Opa! Espera aí. Pensemos… Bancos de dados da própria empresa, informações coletadas a partir de e-mails e pesquisas com os clientes…. Caiu a ficha? Não? Amigos, o chamado Small Data, nada mais é do que o famigerado CRM (Customer Relationship Management) ou a gestão do relacionamento com os clientes!
Sim! O CRM com um outro nome!! O Big Data, esse sim, pode ser visto, estudado e aplicado como uma evolução do CRM, uma vez que fez com que as análises já realizadas durante anos pelo Marketing de Relacionamento e pelo CRM fossem extrapoladas para um volume de dados exorbitante, com análises cada vez mais complexas e precisas.
Agora, o Small Data não. Small Data é o velho, bom e eficaz CRM sendo aplicado com as informações disponíveis através dos canais de coleta das próprias empresas. Os defensores dessa nova nomenclatura dizem que o Small Data é diferente por utilizar dados não estruturados (como e-mails dos clientes) para gerar informações, bem como as Microempresas podem se utilizar de suas análises.
Pois bem, trabalhando há quase 20 anos com Marketing de Relacionamento em CRM garanto que desde sempre, os dados não estruturados são analisados nas boas estratégias de CRM e que as técnicas podem ser aplicadas por microempresas de qualquer lugar do mundo.
Portanto, creio que adotar um novo nome para uma estratégia que já é utilizada há muito tempo é uma leviandade praticada pelos futurólogos ou dos supostos especialistas no assunto. Isto, porque, o Big ou Small Data, desde os pressupostos de Marketing de Relacionamento de Mckenna, Gummesson, Swift e Peppers e Rodgers, trata-se de realizar modelos de análise de dados, utilizando-se de estatísticas e modelos preditivos como forma de analisar os cenários e desenvolver suas estratégias mercadológicas.
E preciso menos nomenclaturas esdrúxulas e maior efetividade e, principalmente, reconhecimento ao que já se realiza há anos no mercado.
Como profissionais de Marketing temos milhões de provas de que tentar reinventar a roda pode ser a porta para fracassos mercadológicos.
Até a próxima Folks!
Eliane Lages
Muito bacana seu post, Clayton.
Sempre aprendo mais sobre Big Data com você. Obrigada por compartilhar seu conhecimento conosco. Sucesso!
Abraços, Eliane.