Independente da área de atuação, cada vez mais as organizações buscam modelos de estruturas para definir um padrão de comportamento que valorize a sua conduta ética no mercado.
No marketing, a Associação Brasileira de Marketing Direito (ABEMD), Associação Brasileira de Teleserviços (ABT) e Associação Brasileira de Publicidade (ABAP) são exemplos de organizações que possuem modelos de posturas, condutas éticas, estímulos para alguns padrões de comportamento que podem ser desenvolvidos pelas próprias empresas ou ainda associações do setor e que prezam pelas boas práticas em sua relação com o Marketing
Atualmente tem surgido nas empresas o departamento de cumprimento normativo ou chamado ainda de Compliance, que significa cumprir. Essa área é responsável por acompanhar como as relações empresariais são conduzidas, não apenas com o intuito de penalizar as ações erradas, mas sim de corrigi-las e evitar sanções mais graves.
No Brasil é muito prematuro falar sobre a criação de um departamento de compliance, mas vale a pena ressaltar a importância que é manter a organização como um todo envolvido no processo de implantação e manutenção das melhores práticas.
E o que o Marketing tem haver com isso? A resposta é simples: tudo!
Não é de hoje que somos surpreendidos com escândalos que envolvem corrupção, por exemplo, mas não vamos entrar no mérito das grandes corporações ou governo, vamos nos ater ao nosso universo, ao nosso trabalho. Então faço algumas perguntas: você estabelece uma relação ética com o seu cliente? O que você entrega é de fato o prometido? O prazo de entrega foi o mesmo da negociação? São algumas perguntas que precisam ser respondidas. E se as respostas não ficaram claras, consulte a política de trabalho que a empresa fez.
Se a sua empresa não conta com um conjunto de políticas e boas práticas que regem as relações da organização com o mercado, é hora de acender a luz vermelha e analisar como ela se comporta mediante a diversas situações.
Você pode não ser o responsável pela mudança da estrutura na empresa, mas pode ser a pessoa que vai dar o startup para a reflexão sobre o tema, logo, sugerir melhorias.
Nos próximos textos, pretendo dar continuidade nesse tema, conto com o seu comentário!
Eduardo Meléndez
Priscila, acho sumamente importante as empresas implantar estos conceitos nas diferentes áreas para poder regular e auditar seus processos, em empresas de grande porte ao existir muitas pessoas é difícil de controlar por causa de que perdemos o sentido comun das cosas que podemos fazer e não fazer. Mais você enfoco o texto a empresas menores também onde você se atento com coisas do dia a dia onde podemos aplicar o conceito, parabéns gosto muito de leer seus textos por que me fazem refletir sobre assuntos cotidianos que não presto atenção. Parabéns o você e a arquipélago do blog por estar na final do Top blog 2012. Grato.
Priscila Stuani
Eduardo!
Obrigada pelo comentário e pelos parabéns pela classificação no Top Blog! Esperamos poder compartilhar a vitoria com todos em breve!
Com certeza! As grandes empresas ja possuem seus processos estabecidos, o que não significa que sejam cumpridos, não eh mesmo? E em particular, as micros e medias empresas precisam adotar uma postura mais estratégica e compliance pode apoiar nisso.
Abraços,
Priscila
Izabela Reis
Priscila este assunto é muito atual! Hoje a reputação e a imagem da empresa deve ser cuidada e resguardada, pois somente ter um bom desempenho comercial (a qualquer custo) é uma situação insustentável sem uma politica de ética e boas práticas! A empresa deve dar apoio aos que levam a atividade a sério com estudo, respeito e ética. Protegendo, o mercado, de aventureiros.
Priscila Stuani
Concordo contigo Izabela!
Vc falou muito bem, as boas praticas servem de apoio para estabelecer uma boa relação, quer seja com o mercado, fornecedores ou publico interno.
Abraços,
Priscila
Ana Paula Batista
Concordo Izabela e Priscila, a preocupação com aética e as práticas que envolvem o cuidado com os valores da organização é a base para construção da reputação da marca é Branding total.
Priscila Stuani
Exatamente Ana!
Antes de chegarmos no Brand, vamos mais além, tudo começa com a gestão estratégica da organização e trabalhar para que uma cultura organizacional seja efetivamente praticada por todos, isso que vai proporcionar ganhos em eficiência, eficácia, em resultado, e consequentemente em qualidade, dando assim o tão esperado fortalecimento da marca!
Fabio Passerini
Priscila,
concordo com você sobre a necessidade de iniciar um círculo virtuoso de ações, premissas e atitudes nas empresas, tanto interna como externamente. Nos meus artigos sobre marketing de incentivo, aponto mais problemas e erros do que boas práticas e soluções adequadas, principalmente pela postura descuidada das empresas, o que seria certamente minimizado ou até evitado com uma visão de compliance e boas práticas.
Minha equipe e eu fazemos grande esforço para atender nossos clientes, dentro das melhores praticas de mercado e, principalmente, da forma que gostamos – mas nem sempre somos – atendidos pelos nossos fornecedores.
Parabéns pelo artigo e pelo curso, muito sucesso!
Forte abraço,
Fabio Passerini
Priscila Stuani
Obrigada Fábio!
Infelizmente a recíproca não é verdadeira em todos os casos, conforme seu comentário sobre os seus fornecedores, bem que eles podem fazer um benchmark com a sua empresa, não é mesmo?
Parabéns pela gestão na sua empresa!! Por isso que gosto dos seus posts, super práticos e aplicáveis, exemplos a serem seguidos e adaptados!
Abraços,
Priscila
Mateus Rosa
Priscila achei muito pertinente a sua abordagem, atualmente cada vez mais necessitamos de uma boa gestão, e um bom planejamento visando a prática dos valores e responsábilidade das organizações. Hoje é preciso ser modelo excelência em gestão para a construção de uma reputação de marca.
Priscila Stuani
Isso mesmo Mateus!
Você falou muito bem, sabemos que não é fácil, mas é necessário. Quem tiver uma visão mais organizada, estratégica e consistente, ai me refiro aos processos, vai estar na frente da concorrência!
Seja bem-vindo ao projeto e obrigada pela sua participação aqui também!
Abraço!
Priscila
Isabel Gareta
Adorei o post, parabéns Pris. Eu acho que a ética empresarial já deve começar quando o empregado assina o seu contrato, com um contrato justo e que garante umas boas práticas dentro da empresa. Se dentro da empresa o clima de trabalho é responsável nao tenho dúvida que ainda será mais com os clientes o com os grupos de interesse.
Abraço!!
Priscila Stuani
Gracias #supercompi
Tive uma excelente experiência na empresa que trabalhei que é de origem espanhola, lá foi uma escola, foi onde tive meu primeiro contato com um manual de boas práticas e ética profissional, onde aprendi a ter mais cuidado e respeito nas relações comerciais, e consequentemente na pessoal.
O importante é que o profissional não assine só um papel, mas adote uma postura diferente que vai lhe proporcionar ganhos. Isso é questão de cultura, mas é um tema para outro post..rs
Abraços Bel!!!
Saludos desde Brasil ;)
janaina
Que bom ter algumas empresas preocupadas com a ética e conduta exercida. Sinal de que estão percebendo que criar campanhas de comunicação para criar uma falsa imagem da empresa já não funciona mais. É preciso ter credibilidade de fato.
Priscila Stuani
Isso mesmo Janaina, se não será apenas “marketing”, não é?
@AndreVarga
O lado complicado do ‘Compliance’, Priscila, é qdo as empresas exageram nas iniciativas dessa área por desconhecerem sua real função. Talvez motivados por alguma experiência negativa em sua reputação, acabam fazendo da Áreas de Compliance uma “Polícia Interna”, dando a seus profissionais status e poderes coercitivos absolutamente desnecessários, como que um Censor Interno, um ‘Big Brother’ (usando o conceito original do ‘1984’ George Orwell) que a todos observa e verifica se absolutamente tudo está sendo feito dentro das normas, procedimentos, leis e princípios éticos.
Evidentemente que esse preceitos devem ser observados, não apenas no ambiente laboral, mas na vida em geral.
Estou aqui me referindo ao mal-uso do ‘Compliance’, desvirtuado como Grupo de Censura, contribuindo para criar um clima de trabalho frio, desunido, e absolutamente sem iniciativa nem criatividade, onde todos APENAS fazem o que está nas normas e manual interno.
A Concorrência certamente agradece às empresas que fazem do ‘Compliance’ o centro do negócio ao invés de dar-lhe papel de suporte ao negócio.
Excelente texto. Esclarecedor.
Abraços a todos. :)
Priscila Stuani
Olá André.
Agradeço pelo seu comentário, contribui para esclarecermos mais alguns pontos.
O Compliance no Brasil ainda é novidade e pelo que observo em algumas empresas, a sua aplicação é equivocada.
Ao certo, a área de gestão de risco não possui um padrão, considero que existe muito a ser melhorado.
Com certeza, se o Compliance não for utilizado como uma ferramenta preventiva, onde haja uma comunicação clara e até mesmo porque não lúdica para comunicar a cultura organizacional e seu conjuntos de regras, tudo fica mais complicado mesmo.
Sempre que leio os posts da Alessandra, acho bárbaro essa questão de estimular a criatividade e confesso que penso muito em como alinhar a criatividade, proporcionar uma tomada de decisão mais independente sem que entre em choque com os processos e políticas da organização. Missão bem complexa…
E ai vem uma questão que defendo: Compliance é questão de cultura. A organização é responsável em fomentar as boas práticas, e quem usa de forma coercivo só tem a perder, inibição e frieza, como você bem disse.
No Marketing não temos tantas regas como as que regem empresas que cotizam em bolsa, ou área farmacêutica por exemplo, então quais são as melhores práticas nessa área? Confidencialidade, ética, cumprimento de prazos, e etc…
O que vejo é uma baita canibalização de idéias, ações em busca de resultados inalcançáveis e o desespero pode despertar atitudes como: dados forjados, informações desviadas, objetivos pessoais acima dos interesses da empresa, jogo de interesses e assim vai….
Isso é um assunto que dá muito pano para a manga!! :D
Heron Xavier
Excelente texto Priscila!
E você tocou em pontos interessantes de serem analisados: o cliente não tem culpa da falta de organização e ética da empresa. E nós, que não podemos mudar a estrutura da mesma, podemos pelo menos plantar a semente por meio de caixa de sugestões ou mesmo café com o presidente.
Sds,
Priscila Stuani
Com certeza Heron!
Em tese, existe muita coisa a ser feita, mas sabemos que na prática não é tão simples.
Ações simples podem ser feitas, e o gestor tem um papel fundamental para buscar os pontos de melhoria.
Por exemplo, se os profissionais estão ociosos, ou levam tempo demais para realizar uma determinada atividade, faça um breafing pela manhã, de no máximo 10 minutos, reuna sua equipe, cada um fala das suas pendências e se precisa de algo de outra pessoa, e no dia seguinte além de checar o que foi feito, falar as novas atividades. Isso é ótimo para alinhar os prazos e ajuda a criar uma sinergia no grupo.
Resultado: atividades realizadas, acompanhamento do gestor, entrega aos clientes, processo finalizado..
Algo simples, que tem muito mais haver com gestão e que traz resultado.
Abraços,
Priscila.
Heron Xavier
É isto aí Priscila!
Abraços!
César Alcantara
Interessante o texto, acho q as pequenas empresas precisam olhar essa questão tbm. Não precisar ser grande para querer trabalhar bem.
Priscila Stuani
Isso mesmo César, concordo contigo, idependente do porte da empresa, é preciso trabalhar melhor, sem retrabalho e investir tempo em questões quem podem ser evitadas.
A desvantagem das grandes empresas é a complexidade para acompanhar os processos, avaliar e sugerir melhorias, já nas pequenas, isso pode ser mais simples de faz.
Catarina Albuquerque
Oi, estou buscando mais informações sobre como implantar compliance no departamento em que trabalho, mas a cada dia que pesquiso, fico com mais dúvidas, porque pelo que vejo o meu departamento pode estar todo ok, mas se o resto da empresa não seguir os padrões, nada adianta… Você tem algum livro para me indicar? agradeço
Priscila Stuani
Catarina!
Para uma efetividade no processo de implantanção de boas práticas e processos, realmente é necessário que os departamentos estejam alinhados com a cultura organizacional e objetivos da organização.
Em São Paulo temos o ICIC – Insituto de Compliance e Integridade Corporativa que aborda e fomenta as melhores práticas de Compliance.
Espero que ajude.
Livro: http://www.ciadoslivros.com.br/manual-de-compliance-preservando-a-boa-governanca-e-integridade-das-organizacoes-2010-edicao-1-p266849/
Abraço e obrigada pela visita.
Carla Carvalho
Priscila, muito bom seu texto. Realmente o marketing faz parte de todo o processo da empresa, infelizmente, nosso país ainda não pensa assim, temos uma visão conservadora que marketing é vendas e vice versa, mas o importante é analizar que o marketing anda junto com a a tecnologia e como ambas as áreas precisam se integrarem mais e mais.
Parabéns, Muito bom!
Bjs
Priscila Stuani
Obrigada pela visita, Carla!
Você disse muito bem! E compete a nós, profissionais de marketing, trabalharmos para fomentar as boas práticas e fortalecer a gestão estratégica! E se todos integrantes da organização trabalharem em conjunto para buscar objetivos estabelecidos pela empresa, o resultado certamente será positivo.
Não é fácil, sabemos disso, mas vamos praticar.
Beijos