Marketing de incentivo: como Incentivar sem dinheiro?

É possível incentivar suas equipes sem distribuir prêmios? É correto propor ações de incentivo sem a contrapartida em dinheiro por meta alcançada? Vale a pena correr o risco de lançar uma campanha que não vai premiar com TVs, tablets ou viagens? Suas equipes vão se engajar em campanhas com metas ambiciosas mas sem alto retorno financeiro?

Resumindo: como fazer para incentivar equipes se você não tem dinheiro para isso?
Em certos segmentos do mercado, como por exemplo o financeiro, é realmente muito difícil conseguir engajar equipes sem a contrapartida de prêmios com valores elevados, geralmente traduzidos em bônus. Faz parte do contexto do ambiente a disputa por comissões, bônus, aumentos e afins, de forma que propor outras formas de reconhecimento e recompensa geralmente não causam engajamento e podem até prejudicar a imagem da empresa e de seus gestores.
Agora, em outros segmentos, é possível desenvolver ações e campanhas de incentivo sem premiações de valor elevado ou bônus em dinheiro.
Como?
Fundamental: conhecer muito bem o público, entender suas demandas do cotidiano do trabalho, quais tarefas são mais interessantes e quais não são, como as pessoas resolvem seus problemas externos (transporte, chuva, filhos, creche, banco, cartório, família etc.) durante o horário de trabalho. Esse conhecimento pode ser uma oportunidade para propor alternativas de premiação sem custo direto para a empresa e que sejam reconhecidas pelas pessoas como benefícios interessantes.
Por exemplo, adotar um dia por semana de home-office para atividades e funções que podem ser feitas à distância: a empresa não aumenta seus custos e o colaborador tem oportunidade de ser reconhecido pela confiança que a empresa deposita nele, não perde tempo em transporte, aproveita para ficar perto da família e pode usar o tempo economizado para atividades pessoais antes complicadas, como uma ida ao banco, ao cartório ou mesmo levar os filhos à escola. Isso tem um enorme valor percebido pelo colaborador.
É sempre importante considerar questões trabalhistas e legais ao se adotar qualquer tipo de ação de marketing de incentivo, especialmente na distribuição de prêmios ou concessão de benefícios, e isso também vale para política de home-office.
Para a maioria das empresas, especificamente empresas médias ou pequenas, existem muitas oportunidades de se desenvolver ações criativas de incentivo sem a necessidade de investimentos elevados em premiação, de forma a manter a performance elevada e as equipes buscando as metas da empresa.

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8 comments

  1. Parabéns pelo post Fabio!

    A criatividade e inovação, mais uma vez, demonstram-se fundamentais para uma saída estratégica.
    Muito bem observado a questão de estar de acordo com as questões legais quando falamos em marketing de incentivo.

    Abraços

  2. Fábio, só o título do seu post vale um prêmio hehehe.

    É bastante complicada esta abordagem, mas concordo contigo que consigamos desenvolver campanhas de incentivo como descrito, principalmente em empresas de menor porte.

    Porém, ativar campanhas com prêmios sem ‘dinheiro vivo’ na mão da equipe ainda é mais eficaz que abordar questões como dias de folga, creche e coisas relativas à empresa. Isto faz parte do pacote de benefícios e a gestão de pessoas é responsável para tal fim.

    E mesmo com este pacote de benefícios, nem sempre consegue-se segurar uma equipe de vendas. Hoje eu percebo isto na prática. A premiação em dinheiro ainda faz uma super diferença na vida do colaborador.

  3. Excelente ponto, FABIO.

    Dinheiro nem sempre é ‘incentivador’. Segundo o autor e pesquisador Daniel Pink, o incentivo monetário só funciona se a tarefa for absolutamente repetitiva, chata, e razoavelmente simples.
    Agora se for mais complexa racional ou emocionalmente, o dinheiro pode até ser prejudicial, piorando a performance. O livro ‘Drive’ do autor trata desse assunto. Aqui no Brasil saiu com o título ‘Motivação 3.0’. Vale a leitura. Muita coisa surpreendente. Tem tbem alguns videos na internet com boas explicações sobre o conceito e estudos feitos por Dan Pink.

    :)

  4. Realmente, para ações repetidas, atividades monótonas ou mecânicas, incentivo realmente funciona. Mas quando é necessário criatividade, busca de soluções alternativas e contato humano, ações de incentivo convencionais enfrentam dificuldades.
    André, você se antecipou ao meu próximo artigo, parabéns pelo conhecimento.

  5. Oi Fábio! Adorei seu texto.
    Ontem lançamos uma campanha super “baratinha” para os vendedores aqui da empresa.
    A empolgação da equipe foi tanta que superou nossas expectativas. Foi a prova de que a criatividade na elaboração de uma premiação conta mais do que o lado financeiro. No fim do mês te conto o resultado… :)
    Abraços,
    Vanessa Alkmim

  6. Oi Vanessa,
    Conta sim, gosto de saber de casos de sucesso com criatividade. O envolvimento é fundamental para bons resultados, além de visão sistêmica, para evitar desinteresse, falta de engajamento e até boicotes.
    Parabéns!

  7. Thatiana Nogueira

    Bom post mas confesso que esperava mais sugestões.
    Para empreendedores em inicio de atividade ou pequenas empresas esse assunto é primordial pois a grande dificuldade e criar e depois manter um programa de incentivo com poucos recursos.
    Caso tenha outras referências seria interessante indicar.
    Obrigada,

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