A escolha de um nome é algo muito importante, pois vamos carregá-lo durante toda a nossa existência e o mesmo vale para uma empresa, produtos e serviços. É a forma como serão identificados pelas pessoas e tem um papel fundamental na hora da venda. A marca pode até ter um produto tão bom quanto a sua concorrente mais famosa por exemplo, mas se não tiver um nome legal, corre o risco de ficar mofando na prateleira da loja.
Antes de fazer a escolha do nome são necessárias algumas observações sobre: os produtos, serviços ou soluções que irá oferecer, se a empresa é local ou se o negócio terá abrangência nacional e atuará em mercados de outros países. É importante também verificar se a marca já não foi registrada para evitar problemas futuros. Caso não seja, aconselho o registro para evitar homônimos, que possam vir concorrer diretamente com o seu negócio.
O mercado está cada vez mais competitivo e você tem apenas duas escolhas a fazer: a marca ser relevante ou não para o consumidor. Por isso, comece a escolha por termos mais genérico e que remetam ao seu core business.
Dê preferência também a palavras “reais”, pois estão mais dispostas à aceitação do público. Isso não impede ninguém de ser criativo e inventar um nome, mas aconselho nesse caso a contratar uma agência ou profissional especializados em naming (estudo e definição do nome de empresas).
As galinhas
Para exemplificar a importância do nome de uma empresa, apresento aqui duas marcas que tem algo comum em seus nomes, contudo produtos bem diferentes. A primeira é a Galinha Pintadinha, que se tornou uma verdadeira “galinha dos ovos de ouro”.
Juliano Prado e Marcos Luporini são os criadores da personagem infantil que virou a grande estrela de vídeos na internet e até fora do Brasil. Mesmo quem não convive com crianças já deve ter se deparado com os milhares de produtos licenciados pela marca como DVDs, bonecos, roupas, entre outros. E o canal oficial da Galinha Pintadinha no YouTube já tem mais de 3 milhões de inscritos.
Mas, qual é a relação do nome com o sucesso do negócio? Simples. O produto deles é uma personagem baixinha, azul e pintada de branco e o nome remete exatamente ao que comercializam, ou seja escolheram palavras simples e que traduzem literalmente o produto.
Já a outra galinha “vende” sapatos. Isso mesmo! A Galinha Morta tem 15 anos de mercado e possui uma rede de lojas em São Paulo. O foco é o comércio de calçados femininos de qualidade, menor preço e melhores condições de pagamento.
Certamente, quem ouvir falar do nome não vai imaginar que se trata de uma loja de calçados e muito menos se sentir atraído para comprar lá. O erro na escolha do nome é evidente, mas a marca investe em uma comunicação bem agressiva e focada em baixo custo, o que desperta ainda mais o desejo no público feminino por mais sapatos.
Com esses dois exemplos é possível ver o que se deve ou não fazer ao escolher o nome para uma empresa/marca. É preciso identificar o seu business, ser objetivo, ter fácil pronúncia, se possível mais universal (vamos pensar no futuro) e o principal: ser de fácil memorização.