Quem não se recorda de histórias memoráveis, vividas em uma praia durante esses dias ensolarados de verão? O que vem à cabeça quando lemos na revista a palavra diversão?
A todo o momento, algumas palavras ou sensações são mais top of mind do que outras. Você pode estar pensando, nesse exato momento, no programa com os amigos, naquela famosa churrascaria da picanha suculenta.
Isso é o que chamamos de gatilhos mentais, relacionando situações como pequenos lembretes ambientais para conceitos e ideias. Um dia chuvoso pode ativar pensamentos como pedir comida via delivery, por exemplo.
Usar um produto ou marca é um poderoso gatilho. As pessoas tem tendência a consumir um produto que vem à mente com mais frequência. Pensamentos e ideias acessíveis levam à ação.
Os gatilhos podem ajudar produtos e ideias a pegar, mas certamente alguns estímulos são gatilhos mais eficientes do que outros. A combinação de cerveja e festa, chocolate e café, quando associadas, geram um estímulo de ligação entre os produtos. Um fator-chave para ajudar que isto aconteça, é a frequência de utilização desses estímulos.
Pesquisadores de música examinaram como os gatilhos podem afetar consideravelmente o comportamento de consumo nos supermercados. Quando tocou música francesa no estabelecimento, a maioria das pessoas comprou vinho francês. Já quando tocou música alemã, a maioria comprou vinho alemão.
Você pode estar se perguntando, mas por que isto aconteceu? O fato é que a música deixou as ideias relacionadas àqueles países mais acessíveis, levando pensamentos e pontes de contato a repercutirem no comportamento de consumo.
Até mesmo uma canção que tenha como palavra-chave a sexta-feira, poderá ter seus picos de audiência durante os finais de semana. A palavra sexta-feira remete a fim de semana, sendo um forte gatilho de relação entre ambos.
Estudos revelam que, em época de Natal as pessoas estão mais propensas a pensar e consumir mais produtos na cor vermelha. Logo após essa data sazonal, esses gatilhos desaparecem.
Agindo como lembretes mentais, os gatilhos não só fazem as pessoas falarem, como as mantêm falando, capaz de deixar um produto ou marca na ponta da língua dos consumidores. Vale lembrar que um forte gatilho pode ser muito mais eficiente que um slogan cativante.
O velho ditado – “falem mal, mas falem de mim” – pode valer também como um poderoso gatilho. Mesmo uma resenha ou o boca a boca negativo, talvez contribua para o aumento das vendas de um produto, lembrando as pessoas de que ele existe. Este tipo de atenção negativa poderá ser eficaz para marcas e produtos ainda desconhecidos no mercado.
Considere sempre o contexto da situação. Pense no ambiente das pessoas que uma mensagem quer ativar, diferentes ambientes contêm estímulos distintos. Os gatilhos podem ser questão de referência.
Não há regras do que seriam eficientes gatilhos, cada tipo de negócio tem suas características e particularidades. O mais importante seria acompanhar tendências e estudar a fundo o comportamento do seu público-alvo, identificando os verdadeiros estímulos que irão levá-los a falar, escolher e usar o seu produto ou marca.
Espero que você também esteja preparado para ser um top of mind. Abraços.