Alguns dizem que o maior impacto da internet foi ter surgido com uma nova mídia. Mas na verdade, seu maior impacto foi ter mudado o comportamento e a forma de consumo do consumidor, devido, principalmente pelo surgimento das comunidades virtuais e da mudança do ator principal, que passou a ser o próprio internauta.
As previsões se tornam realidade:
- “As tecnologias da internet vão estar em todo lugar.”
- “O acesso à rede será permanente.”
- “A rede estará sempre ligada.”
- “Qualquer um poderá se conectar de qualquer lugar, com qualquer dispositivo, a qualquer hora.”
- “A rede será invisível.”
Do usuário passivo ao participativo
A internet gerou impactos também nos meios de comunicação que tiveram que rever seus objetivos diante do novo usuário, que passou de mero receptor passivo, para um usuário participativo.
As principais mudanças foram:
- Interatividade
- Canais bidirecionais de relacionamento
- Convergência com telefonia celular
- Convergência com a internet
- Customização de serviços e programação.
Quem é o novo consumidor?
O novo consumidor não conhece o mundo sem internet, sem email, sem Messenger, sem twitter, sem Orkut. A época do fax, do telefone faz parte da história dos seus “antepassados”. Eles são conectados o tempo todo, tem sua própria língua, são colaborativos, buscam respostas nas referências dos outros usuários conectados, além de possuírem alto desejo de comunicação. Ele valoriza menos a propaganda, ouve mais indicações de amigos, experts e até mesmo de marcas que considera mais relevante.
Seu impulso de compra é motivado pela tentativa de se sentir parte de uma comunidade. A “massa” não o satisfaz. Ele quer ser diferente.
Há um grande volume de opções, porém o usuário não quer mais perder tempo procurando as coisas que deseja consumir. Ele necessita de referências que pré-selecionem as melhores opções, que agilize e valide sua escolha, pois é inseguro diante das decisões de consumo, por isso, busca referência confiáveis entre amigos. O próprio usuário torna-se a maior mídia disseminadora dentro do seu universo.
A expectativa da aquisição é mais intensamente vivida do que a própria posse do produto. A imagem do artigo é, muitas vezes, mais importante que o artigo em si. Por isso, as empresas devem pensar muito em “experiência do usuário” e em design. É isso que vai fazer a diferença.
A ânsia da experimentação causada pela aceleração da sociedade provoca no usuário a tentativa de experimentar tudo, no menor tempo possível, sem se prender a crenças ou estilos. As novas gerações manifestam o desejo de buscar o bem-estar, o equilíbrio entre o corpo e a mente, entre o indivíduo e o meio ambiente.
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Você se encaixa no perfil?
Leonardo Patrick
Muito boa a metéria, parabéns Juliana. Realmente o mundo começa a atentar-se para o poder do consumo pelo consumidor e não mais pela imposição das grandes indústrias. É a vez do consumidor ditar regras.
JULIANA REZENDE
Olá Leonardo,
Obrigada.
O consumidor agora é o protagonista da relação de consumo. Ele é quem define os parâmetros que as marcas com as quais ele se relaciona devem seguir para “conquistá-lo”.
Quem conseguir perceber isso, sairá na frente na corrida pela fidelização do cliente.
Abraço.
Ju Rezende
Priscila Stuani
Oi Ju!
Não me vejo mais sem usar smartphone e estar conectada na rede… E tudo vai juntando… Desde instagran ao aplicativo de smille….Uma coisa vai levando a outra e quando me dei conta, fico 10000000001% conectada.
Escolha do filme, em qual cinema, pedir uma pizza… Enfim, tudo é muito rápido e essa vontade de ter novas experiências faz com que nos tornemos mais críticos e exigentes… E ai vem a missão do marketing: identificar esse perfil e trabalhar para “agradá-lo”. Ou seja: o poder está do lado do consumidor mesmo!
João Thiago de Oliveira Santos
Juliana,
A pergunta é “Como prender a atenção deste neo-consumidor pós-moderno e desenvolver estratégias nem sucedidas de vendas através da internet?”
Tenho certeza que a(s) resposta(s) possivel(is) varia(m) de acordo com as particularidades do negócio de cada empresa. E mais que todos nós somos centauros (na mitologia, metade homem, metade animal; mas neste meu comentário, é metade digital, metade analógico). E aí – a meu ver – múltiplas mídias – online e até offline, linkando para o online – entram no debate de conquista de mercado e relacionamento com o neo-consumidor. Não acha?
Parabéns pela reflexão proposta e por sua análise.
João Thiago de Oliveira Santos
Recife/PE