O Fórum Social Mundial 2013 foi realizado na Tunísia, em sua capital, Tunis. O país está localizado no norte da África, banhado pelo Mediterrâneo. A língua oficial é o árabe, mas falam também francês. São mulçumanos, porém um dos mais liberais dentro deste contexto. O que quero mesmo compartilhar aqui é a forma como fazem negócios, o atendimento ao público, o jeitinho árabe de vendas e mesmo a publicidade. Algumas pequenas histórias, em pílulas mesmo, para conhecermos um pouquinho lá do outro lado do oceano:
– A malandragem dos taxistas: sim, no Brasil também temos esse problema, mas em Tunis é exagerado. Como o preço do taxi é baixo, eles se aproveitam completamente dos turistas: dão voltas, não ligam o taxímetro e cobram muito além do que já sabemos que daria, além disso, passam informações para vendedores, guias, que logo depois de você dar dez passos já vêm falando que trabalham no hotel que você está hospedado, querem te levar em lojas, restaurantes. Bom, logo entendemos o funcionamento e tentamos não ser mais tão enganados.
– Fazer compras no mercado árabe é trabalhar a arte de negociar. Confesso que acho um tanto chato isso, mas se não negociar você paga duas, até três vezes mais do que realmente vale. São daqueles que começam falando tranquilamente e vão elevando a voz e a defensiva com o desenrolar da conversa. A fama que têm é real e visível em todas as lojas da famosa Almedina (aquelas ruelas lotadas de lojinhas).
– Embora quase a totalidade das mulheres usem os lenços na cabeça, algumas se vestem com a burca, o mercado publicitário mostra mulheres mais à moda ocidental. Tanto em out doors, revistas, comerciais de TV, o que vemos é que a publicidade é muito parecida com a nossa. Claro, eles foram também colonizados pelos europeus em algumas épocas, o que deixou costumes típicos da cultura européia.
– Já nas lojas de shopping, restaurantes, bares, o atendimento é mais qualificado. Só que são um pouco bravos e impacientes. Também não gostam muito que façamos algum tipo de brincadeira ou reclamemos de alguma coisa. Fecham a cara, discutem a conta, enfim, os clientes nem sempre têm razão por lá.
Acho que viajar é conhecer novas culturas e trazer conhecimento e mesmo reflexões para aprimorarmos o nosso jeito de fazer negócio. É também relevar algumas coisas, buscar entender os diferentes cenários, costumes e mesmo os caprichos de cada povo. Com certeza todos têm pílulas de casos mundo afora.
Que tal contar alguma sua nos comentários?
Priscila Stuani
Paula,
Que máximo esse post, adorei conhecer mais sobre a cultura da Tunísia.
Quando fui ao México, tive algumas experiências legais e uma das coisas que mais me chamou a atenção foi a simpatia das vendedoras nos centros comerciais, com sua expressão “Buenas tardes, señorita, en que puedo ayudar-la”, o que me encantou foi a padronização dessa frase e o tom com que era dita, TODAS falavam muito iguais…rsrs. E claro, a arte do “choro”, que eu não curto muito, mas como estrangeira, é incrível o que dá para se negociar (meu namorado que negociou por mim,haha).
Curioso a reação do pessoal que trabalha em shopping lá en Tunis, digamos que não são muito carismáticos.r.s.rs Isso é bom para Paulista sentir na pele quando um atendente é gentil e a pessoa retribui com uma cara amarrada…
Concordo, viajar é uma ótima opção para conhecer novas culturas e praticar a arte da observação, claro que nem tudo podemos aplicar, afinal existem as diferenças culturais, mas é interessante ver o que é feito em outros lugares.
Beijos
Priscila