Dizem que em tempos de crise você pode chorar ou vender lenços…Imagine-se cursando uma pós-graduação em marketing e comunicação, se apaixonando pela área e buscando ferozmente milhares de materiais sobre o tema, enquanto trabalha no setor comercial/eventos de uma empresa de médio porte que nunca teve um departamento de marketing ou mesmo um responsável para “quebrar o galho” nessas funções.
Essa era minha situação, e diante dos desafios cotidianos que imploravam por um profissional que pudesse atuar como tal, desenvolvi um projeto ao longo de cinco meses para apresentar à gerência geral. Entre milhões de buscas e pesquisas para compor o projeto, me deparei com um post da Tatiane Vita, sobre a implantação do departamento de marketing em uma empresa. O post surgiu em um período em que eu não acreditava tanto que poderia ser aprovado, e foi certamente motivador para que eu pudesse ir adiante. Na mesma visita ao blog Implantando Marketing, confirmei presença no evento 1º IMKT na Prática, onde conheci profissionais inspiradores. No curso de especialização, contei com professores com muita bagagem e grande vivência profissional como a Silvana Chiaretto e o Christian Manduca, o que além de agregar conhecimento, fez me apaixonar ainda mais pelo marketing.
Além de todos os problemas que uma organização lida, ainda estávamos em tempos de crise: faturamento baixo e ordens para contenção de custos. Com toda coragem e certa da oportunidade que estava diante de mim, solicitei uma reunião e detalhei todo o projeto diante da gerente que reconheceu imediatamente a necessidade de um profissional de marketing e encaminhou o projeto para a diretoria, em Londres. É importante destacar que para mostrar a necessidade do setor, precisei de ousadia e muita informação clara para apresentar os problemas vivenciados pela empresa.
Apesar disso, não estava certa que poderia ser aprovado, pois dependia do aval da diretoria, que é ainda mais conservadora que a gerência no Brasil. Felizmente, a diretoria também aprovou, enxergando a necessidade do marketing justamente pelo momento econômico que passávamos, e assim, assumi o marketing de um hotel 4 estrelas, com 240 apartamentos e quase 3000m² de centro de convenções.
Atualmente, conto com a ajuda de um estagiário de designer, que desenvolve peças internas, e uma agência terceirizada que desenvolve a parte gráfica das peças de veiculação externa.
É um enorme desafio começar da estaca zero, além de trazer uma enorme carga de responsabilidade, mas é também muito gratificante ver a realização e reconhecimento de seu trabalho, além de claro, um enorme salto na minha carreira profissional. Em certos momentos, é necessário arriscar, tentar dar um salto, mas sempre bem embasados e com propostas claras que expressem resultados ao gestor.
Heron Xavier
Olá Carina! Parabéns pelo post!
Também enfrentei estes desafios no início da minha carreira profissional e ainda hoje, esbarro com situações como esta. São empresas que acreditam que o marketing é uma despesa e que um conhecido de mercado poderá salvar a empresa com ações sem conhecimento da cultura organizacional e sobretudo inteligência de mercado.
Atuar com marketing é fantástico; é compensador, mesmo trabalhando de maneira exaustiva no planejamento e execução de um ou mais projetos ao mesmo tempo.
E continue na luta! Sucesso!
Carina Lima
Heron,
Obrigada pelo comentário e pelo elogio!
Acredito que cabe a nós, profissionais de marketing com esta visão, transformar o mercado. Por isso também acredito tanto nas startups, e na revolução no modelo de gestão das organizações que elas tem causado.
Escolher o marketing, antes de mais nada, é escolher estudar e lutar incansavelmente.
Sucesso pra todos nós!!