A depressão pós-férias, ao contrário do que muitos pensam, existe sim, e acomete uma numerosa parte da população. E não podemos confundir com aquela readaptação ao ritmo do trabalho, algo normal, que dura em torno de uma a duas semanas.

APESAR DE NÃO SER MUITO CONHECIDA, TEM DADOS QUE COMPROVAM QUE ELA OCORRE

Primeiro, o que precisamos é diferenciar a tristeza pelo fim das férias, onde você está voltando ao ritmo de trabalho, e a depressão pós férias, que possuem sintomas persistentes. De acordo com uma pesquisa realizada pela Isma – International Stress Management Association Brasil, organização especializada no estudo do estresse, que pesquisou o impacto emocional do retorno ao trabalho pelos profissionais brasileiros, constatou-se que cerca de 23% dos colaboradores, estarão sujeitos ao mal da depressão pós-férias. A síndrome pós-férias atinge mais de 20% da população nacional, segundo a Isma, e não tem nada a ver com aquele desânimo habitual de fim de recesso. Ela dura mais de 14 dias e se manifesta com sintomas que caso não sejam tratados, podem gerar problemas de saúde mais graves como: síndrome do pânico, doenças gástricas e do coração.

COMO DESENVOLVEMOS ESTE MAL?

De acordo com a diretora do Instituto de Psicologia Organizacional – IPO, a psicóloga Ana Maria de Freitas, são diversos os possíveis desencadeadores deste mal: “as equipes de trabalho estão cada vez mais enxutas e os profissionais acumulando responsabilidades. Quando voltam de um período de descanso, eles sabem que terão uma carga maior de trabalho para colocar a casa em ordem, além de ter que encarar problemas antigos”. A questão do acúmulo de funções e falta de reconhecimento no ambiente de trabalho, impulsiona a vontade de querer férias, e após esse descanso merecido, longe dos problemas e fora daquele ambiente desmotivador, o funcionário se depara com outra vida, uma realidade paralela, e ao se deparar com a volta daquela rotina estressante, o colaborador se entristece, por sentir que não está onde queria, e o pior, onde merece, desencadeando essa depressão.

COMO PODEMOS IDENTIFICAR OS SINTOMAS DESSA DEPRESSÃO PÓS-FÉRIAS?

Os principais sintomas que devemos ficar atentos são:

  • Indisposições gastrointestinais;
  • Dores musculares;
  • Dores de cabeça;
  • Cansaço e sonolência durante o dia;
  • Insônia durante a noite;
  • Angústia e ansiedades generalizadas;
  • Irritação exagerada por motivos pequenos;
  • Ausência de apetite ou alimentação compulsiva;
  • Propensão a vícios (consumo de medicamentos, bebidas, cigarros, entre outras drogas).

DICAS PARA SUPERAR ESSA DEPRESSÃO

Devemos nos preparar psicologicamente. Entender que as férias são boas e é para relaxar, mas que é um período que tem seu início, meio e fim, e como qualquer outra fase, ela é passageira. Podemos começar a preparar também o ambiente de trabalho, de maneira que torne esse retorno, menos doloroso e mais organizado.

Anotem as dicas:

1- Não deixe nada por fazer

 Não deixe ponta solta ou projeto inacabado.

2- Faça o planejamento financeiro

As férias muitas vezes geram gastos específicos, como viagens e passeios, calcule bem tudo que planeja, para não extrapolar o orçamento.

3- Não sofra por antecipação

Descanse nas férias, até o último dia. Evite ficar pensando no que deve fazer ou nos problemas que terá no retorno ao trabalho.

4- Conforme-se com o primeiro dia

O primeiro dia é para observação, adaptação, não adianta querer mostrar serviço. Admita que está enferrujado, e precisa se familiarizar com o que está acontecendo na empresa.

5- Converse com seu gestor

Uma conversa com seu gestor e os demais colaboradores, é importante para voltar aos trilhos. Entenda o que seu gestor quer e planeja, e quais as prioridades para esse primeiro dia de retorno;

6- Encare de frente seu retorno

Se empenhe na sua função, e nos tempos de folga, planeje suas próximas férias.

 

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