O Design for Change é um movimento global cujo objetivo é oferecer às crianças de todas as partes do planeta a oportunidade de atuarem como agentes transformadores da realidade em que vivem. Uma oportunidade única de expressarem suas inquietações, as suas ideias sobre um mundo melhor, a imaginar como resolvê-las e a colocar isso em prática através da palavra-chave que as tornam mais confiantes: Eu posso!
O movimento nasceu na Índia em 2006 e foi criado por uma designer indiana que ganhou fama no mundo por seu trabalho dedicado junto às crianças indianas – Kiran Bir Sethi. Ela fundou e dirige até hoje uma escola na cidade de Ahmedabad. Há de dez anos atrás quando abriu a sua escola, ela resolveu usá-la como um verdadeiro laboratório para testar as ferramentas do design estimulando as crianças a participarem ativamente de seus processos de aprendizado e mudança. Em 2006, com o sucesso do seu programa, ela decidiu que era hora de contar essa história para todo o mundo, e para isso criou o movimento Design For Change. Aqui as crianças passam a ser tratadas como protagonistas de suas histórias e passam a descobrir que as transformações são possíveis, e que elas podem ser os motores dessa transformação.
A ideia é simples. As crianças aprendem que elas são parte de uma sociedade, que essa sociedade é responsabilidade de todos que nela vivem e que cada um precisa exercer seu papel na mudança e na construção de um mundo melhor. A partir desse movimento elas enxergam um futuro cheio de desafios e que, para viver em mundo melhor, elas precisam ser criativas, atuantes e agentes da mudança, promovendo a conexão entre todos e o compartilhamento de experiências positivas.
O movimento é tão simples que não necessita de recursos tecnológicos de última geração ou altos investimentos para se colocar em prática. Ter em mente o desejo de fazer algo que vá mudar o mundo, para melhor, já é o primeiro passo para a mudança. Os resultados são surpreendentes, pode acreditar.
Algumas histórias de sucesso do DFC:
“Em suas palestras pelo mundo, Kiran mostra um exemplo do trabalho que vem fazendo com alunos da escola em que é diretora, na Índia, – tudo para mostrar, desde muito cedo, que eles também podem mudar as coisas. O vídeo tem 9 minutos de duração”. (veja aqui o video)
“A Smruti, da Government Girls High School de Cuttack, Orissa, Índia, disse que sua missão e a de seus colegas era levar amor ao centro de cuidados de pacientes com lepra. Apesar da resistência inicial que enfrentaram entre seus familiares, Smruti contou que o reconhecimento foi a grande gratificação deles, e que hoje se considera uma pessoa mais sensível e atenciosa”.
“Os alunos Xavier e o Eduardo, da Escola Montserrat em Barcelona, Espanha, falaram sobre o seu segundo projeto. No colégio onde estudam, o DFC faz parte do currículo e todas as turmas desenvolvem um grande projeto ao longo do ano letivo. Na primeira empreitada, eles organizaram uma série de talkshows sobre bullying durante o recreio, com o objetivo de conscientizar os alunos sobre o problema. Foi um sucesso. Agora, no segundo ano, incomodados com o lixo que os estudantes deixavam pelo chão após os intervalos, espalharam cestos e cartazes pela escola e divulgaram a importância de contribuir para a limpeza da escola e da cidade”.
“Em uma vila rural na Índia, a maioria dos adultos é analfabeta. As crianças, percebendo o valor da leitura e da escrita, decidiram mostrar aos pais como a alfabetização é importante. Para isso, usaram teatro, passeatas e várias outras atividades. Eles também colocaram a mão na massa, ou melhor, no giz!”.
“Liseth, de Cucuta, Colômbia, teve a ajuda da professora de Química para o seu projeto. Ela e seus amigos, preocupados com a preservação do ambiente, começaram a pensar em como melhorar suas atitudes. Juntos, decidiram resolver o problema do descarte de óleo usado para cozinhar em suas casas e na preparação das refeições em sua escola. Aprenderam uma receita simples para fazer sabão a partir do óleo usado. Organizaram com os alunos uma rotina de trazer esse ingrediente para a escola. Depois, passaram a distribuir o produto de limpeza para todos”.
Para Mr. Candle, acrobata e fotógrafo, que viaja pelo mundo levando a mensagem de que nenhum sonho é impossível: “cada pessoa é a chave para os seus próprios sonhos, e o único jeito de alcançar um sonho é parar de esperar e dar o primeiro passo com coragem”.
Priscila Stuani
Ale!
Que bacana esse movimento!
Várias ações aparentemente simples, mas que surtem bons efeitos!
Precisamos praticar isso aqui também!
Beijos!
Alessandra Alkmim Costa
Que bom que gostou Pri! Acho legal praticarmos esse movimento aqui sim, vamos falar sobre isso e outras idéias também. Beijos.
Victor Raful
Como não posso bater palmas, deixo aqui um Parabéns! É simplesmente sensacional. É o despertar para a consciência da pessoa. Todos nós podemos e sempre foi assim. Basta sabermos ou sermos guiados para isso.
Muito bom o post Alessandra.
Alessandra Alkmim
Isso aí Victor! Obrigada! Que bom que gostou. A mudança está em nós. Basta darmos o primeiro passo. Abraços!
Fabio Passerini
Empresas que desenvolvem ações sociais verdadeiras também motivam mais seus colaboradores, criando um círculo virtuoso na comunidade onde está instalada.
Alessandra Alkmim
Com certeza Fabio, esse movimento é motivador quando os lideres estimulam essas ações dentro das empresas. Quem ganha é a comunidade.
Heron Xavier
Alessandra,
mandou muito bem neste post! Gostei bastante dos exemplos de sucesso e da mensagem de Mr. Candle.
É isto aí e como diz Goethe, “…o que quer que você possa fazer, ou sonhe que possa, faça. Coragem contém genialidade, poder e magia. Comece agora”.
Alessandra Alkmim
Isso aí Heron, precisamos ter a coragem pra começar agora! Essa vontade de fazer é o que me motiva. E eu sou um “poço” de motivação! Abraços!
Fabio Passerini
Veja um exemplo de empresa socialmente engajada aqui no Brasil:
http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/noticia/2012/12/aos-27-anos-banqueira-incentiva-empreendedores-de-baixa-renda.html
@AndreVarga
Super interessante o conceito! :)
Alessandra Alkmim
Que bom que gostou Andre! Abraços!