Não importa se você tem mais ou menos de 16 anos. O mundo mudou e o voto nunca mais será o mesmo. Falar em eleições, pesquisas e tendências nos dias de hoje, significa entender que palavras como Facebook, Instagram, WhatsApp e tantas outras ferramentas do ambiente on-line, agora são tão ou mais importantes que os antigos cabos eleitorais.
As pessoas se conectam, trocam informações, expressam opiniões, influenciam umas as outras. E assim, tudo caminha na velocidade de 140 caracteres por minuto.
As manifestações de junho mostram que a ir às ruas significa, antes de tudo, ir aos teclados. Amigos virtuais ganham as ruas e lá fazem novos amigos que voltam para suas casas e teclam com novos amigos virtuais. Um ciclo que não pode ser rompido. É nesse contexto que candidatos passam a ter mais do que propostas, mais do que ideais.
Discursos e imagens ganham status de valores tangíveis como a “capacidade de fazer” e intangíveis como o caráter. Os nomes dos candidatos tornaram-se marcas com personalidade e promessas claras aos seus eleitores. E esses, por sua vez, viram fãs, que acompanham, curtem e compartilham propostas e estilos de vida específicos.
Ir à periferia, visitar comunidades e suas necessidades perdeu espaço para Fanpages e mensagens no celular. Será?
Já é possível dizer “Eu curto” ou “Eu não curto” este ou aquele candidato sem medo de não ser compreendido. Daqui a pouco tempo, algumas destas “marcas” sumirão ou perderão mercado, quase como as talibãs de alguns anos atrás.
Será que chegamos à política das marcas? Estamos preparados para consumir política como escolhemos refrigerante ou trocamos de carro? O que você pensa de ter o Google ou o Facebook como cabos eleitorais?