Circulou em algumas semanas entre junho e julho, em uma das discussões do Implantando Marketing no “LinkeDin”, a pergunta em uma palavra o que é inovação; Achei o tema de grande valia para nosso novo artigo, pois sem inovação, nenhuma empresa sobrevive, sem ela, nenhum sistema perdura, nem um carinha ou uma menina consegue arrumar um namorado se a inovação não estiver presente na argumentação, estilo ou modo de viver.

Então, podemos iniciar nossa conversa afirmando que sem inovação, nada mais faz sentido. E em uma palavra, o que isso tem a ver com o marketing acadêmico que defendemos e trabalhamos?

TUDO, pois se queremos que os conceitos de marketing sejam implementados por uma empresa, devemos antever todos os aspectos da inovação das ações propostas. Sem a inovação, o marketing não está presente. A concorrência atropela qualquer empresa que não esteja inovando em seus mercados.

Se analisarmos todas as palavras que foram postadas, por vários dos correspondentes, verificaremos que a INOVAÇÃO, por si só já define muito, e que cada uma das que citadas são complementares e outras até repetitivas, enfim, o que é inovação, será apenas o obvio, o que motiva de maneira simples, e sem utilizar máximas já bem batidas, o princípio do minimalismo [“… o menos vale mais…”] ainda tem o seu valor.

Veja o que podemos deduzir com as contribuições postadas, respondendo a pergunta é claro:

CRIATIVIDADE: Sem ela dificilmente você poderá obter uma “mudança”

CONHECIMENTO: Antecipar a atualidade

CORAGEM: Como podemos inovar sem coragem…

APRENDIZAGEM: Aprender com os erros e crescer nos acertos. A empresa que não aprende morre

OUSADIA: É ter iniciativa, atitude, arriscar sem medo de errar

OBVIO: Ninguém espera menos que o obvio de uma empresa e o obvio é atender as necessidades e os desejos do consumidor

ATITUDE: Agir em busca de surpreender, manter a visão na frente e no cliente

SOLUÇÃO: O cliente não quer um produto ou um serviço, ele quer que alguém ou algo solucione o seu problema de consumo, só e somente só isso

PERENIDADE: Engana-se quem pensa e acredita que o objetivo da empresa é o lucro. Este é o objetivo do empresário, investidor. O objetivo da empresa é se eternizar em seus mercados, isso é ser perene

ESQUECER: Deixar para trás as soluções atuais e criar uma solução com novos olhos, deixar para trás o que foi ruim e criar uma solução melhor sem ficar relembrando os fracassos anteriores.

O que os gestores inovadores necessitam questionar é onde estão concentrados os esforços de inovação, dentro ou fora da empresa. A partir daí, o que será visto será medido como esforço inovador, mas a cultura existente deverá permitir que as ideias, vindas de fora ou de dentro possam fluir de baixo para cima na linha organizacional.

“A melhor maneira de inovar é com todos tendo novas ideias, e não esperando pelos diretores”, afirma Kotler. Se a empresa estimula novas ideias, se permite que o funcionário apresente suas sugestões de melhorias, de inovação, é sinal de que esta empresa está a pelo menos um passo à frente dos concorrentes, e isso o cliente gosta, somos carentes de inovação e gostamos de comprar elas. Ou você acha que Jobs vendia apenas sonhos? Quem vende sonho é padaria…

A 3M é um dos grandes exemplos de aceitação de ideias inovadoras, cada projeto apresentado por seus funcionários, ou clientes que for colocado em operação, o “dono” desta ideia vira sócio nas vendas deste produto.

Os papéis na inovação

Existem papeis claramente definidos nas empresas inovadores, e que deveriam servir de referencial para as que buscam trilhar este caminho. Segundo Kotler, quando tentamos inovar, estamos sujeitos a dois tipos de erro: matar um projeto bom ou ir adiante com um projeto ruim.

Minimizar estes riscos é uma tarefa que requer muita atenção e visão empreendedora, convém equacionar as competências de cada ator no processo da inovação, estes atores desempenham papéis devem ser assim considerados:

  • Ativadores: têm ideias e iniciam o processo de inovação, mas não o levam adiante;
  • Buscadores:  buscam informações e as levam para o grupo segundo sua especialidade;
  • Criadores: geram conceitos e soluções para os demais envolvidos na inovação;
  • Desenvolvedores: transformam ideias em produtos, serviços ou fábricas;
  • Executores: realizam o que for necessário para implementar ou lançar o que foi desenvolvido;
  • Facilitadores: aprovam as novas despesas e o investimento.

É bom ter em mente que cada um destes papéis deve interagir com os demais, à medida em que a ideia esteja em processo evolutivo. Estamos todos conectados, e cada vez mais somos dependentes desta conexão, nosso desempenho em diferentes áreas depende da inovação nesta conexão, a palavra de ordem é colaboração.

O grande desafio é como ser inovador diante de tantas informações que chegam através dos canais de comunicação, mas aí é que entra o nosso poder de inovar: Ser melhor a cada dia, aceitando as nossas limitações sem ser passivo, inovar na busca da diferenciação no desejo de ser melhor sempre.

Estou esperando sua participação. Escreva, leia as outras colunas, comente, dê a sua sugestão de tema para pesquisarmos. 

FAÇA PARTE DO PROJETO

O Implantando Marketing visa a união dos profissionais das áreas de Marketing e Comunicação Empresarial e busca formas de divulgação e crescimento dessas áreas através da Implantação de Departamentos de Marketing e Comunicação em pequenas e médias empresas. Para isso, compartilhamos experiências e conhecimentos necessários aos profissionais e empreendedores que querem se beneficiar dessa Implantação. Envie o seu currículo e escolha um dos núcleos do projeto.

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20 comments

  1. A inovação realmente é extremamente necessária para que um empreendimento persista. Dificilmente, uma pessoa ou empresa que não for inovadora vá conseguir o seu espaço no mercado de trabalho atual, cada vez mais competitivo. Acredito, por isso, que a inovação foque-se muito na questão de atender os clientes e oferecer alternativas para o mesmo serviço, criando uma demanda que, talvez, não era entendida como necessária. Mas é claro que inovação é muito mais do que isso e é difícil conceituá-la em apenas uma palavra.

    • Então Rafaela, o que sustenta uma empresa é o trabalho e a visão, mas o que a mantem no mercado é a inovação. não cabe no mercado empresas que não abrem espaço para a inovação.
      E inovação não é descobrir a polvora, mas visualizar novas necessidades.
      Grato por sua participação. Continue contribuindo.

  2. Como designer percebo que uma palavra interessante para definir inovação é “disruptivo”. Este conceito propõe a idéia de romper , transcender, surpreender , enfim trazer a percepção do inusitado, novo, inovador. A atitude inovadora portanto, me parece ser refém de duas premissas. Resistência às mudanças principalmente por parte dos empresários, e eventualmente os limites tecnológicos. Naturalmente estou me referindo a mudanças mais extremas como estéticas de impacto, ou idéias difíceis de ser incorporadas como por exemplo um traje gravitacional que lhe permita sair voando em um piscar de olhos. Então existem níveis de inovação que podem ir de uma singela re-leitura até algo bem alienígena frente aos costumes vigentes. Seja como for, existe o aqui e agora e existe o desdobramento do futuro das coisas, dos comportamentos, do ambiente. E cabe a nós prepararmos empresas , e profissionais que incorporem estes motes tão importantes. Porque de outra maneira teremos muitos agentes potencialmente transformadores, disruptivos e criativos sem um lugar que possa manifestar seus talentos e idéias. Imaginemos se o Steve Jobs não fosse dono da Apple. Será que iriam a mercado todos estes produtos fantásticos? É de pensar…

    • Mauro, você trouxe um ponto interessante, o fato de inovar não quer dizer muito, mas estar sempre rompendo com padrões que a qualquer momento poderão estar envelhecidos. Inovar quer dizer também ser novo sempre.
      Grato pela participação valorosa.

    • Apenas complementando seu pensamento. Existem dois tipos de inovação, a incremental e a disruptiva. Esta última é a inovação, digamos, de maior valor, pois quebra paradigmas, cria novos mercados e tem seu valor percebido mais facilmente pelo público.

      Já a inovação incremental é aquela ligada mais a melhorias de processos, novas tecnologias, extensões de produto, etc. Esta (generalizando um pouco) mais ligada à área de P&D.

      grande abraço!

      • Maurício, uma coisa que me agrada muito é a visão de podermos, de termos a liberdade de quebrar paradígmas… E isso é marketing, e puro.
        Grato pela contribuição e aprticipação, necessitamos muito dos seus comentários.

  3. Tema interessante.

    Principalmente pelo viés que a palavra Inovação pode trazer para os negócios.
    O prof. Vijay Govindarajan, estudioso do assunto, defende que a Inovação é um assunto sempre em alta, cheio de glamour, aura e hype no mundo corporativo. Exatamente por causa disso, tem também uma grande carga de lendas e mitos infundados.

    Alguns exemplos:
    > Inovação é sempre uma questão de “grandes ideias”;
    > Inovação tem sempre um “grande Líder” que nunca falha, icônico, subversivo, lutando contra o “sistema”;
    > Qualquer um pode ser inovador, basta ter a tal “grande ideia”;
    > Inovação vem de “baixo para cima” nas organizações;
    > Inovação só acontece em times de alta performance e alta autonomia;
    > Inovação é um caos não controlável;
    > Inovação é para empresas start-ups;

    Recomendo a leitura de “O Outro Lado da Inovação”, de Vijay Govindarajan.
    Você vai perceber que todas essas afirmações são lendas.

    Toda Inovação (bem sucedida) é uma questão de Execução bem feita. E portanto requer Disciplina, não apenas aquela “grande ideia”. De grandes ideias as mesas de boteco estão cheias. Mas para se inovar, Execução e Disciplina ajudam bem mais. :)

    • Clayton Alves Cunha

      Pegando carona aqui no comentário do André, sugiro outra leitura além da do Profº Vijay Govindarajan. que concordo plenamente ser excelente!

      Minha sugestão é a leitura do livro : “Inovação – Quebrando paradigmas para Vencer”, com organização do Profº Dr. José Cláudio Cyrineu Terra, com uma abordagem bem didática e com visão nacional do tema.

      Creio que que tem tudo para enriquecer ainda mais o assunto, baseando-se no excelent post do Profº Antonio.

      []’s Clayton Cunha.

      • Grato por suas dicas Clayton, e espero que todos possamos ler e enriquecermos ainda mais o nosso arcenal de argumentação.
        Sua participação é sempre importante.

    • Muito bom André a sua participação desta vez foi excelente, que tal então aproveitarmos estes tópicos e escrevermos o artigo para o próximo post em 4 mãos? Pode pegar o feito e faça as contribuições nele, e postamos quando o calendário de agosto for programado…
      Que tal?

      • Honrado pelo convite e proposta, Professor. Super aceita. :)
        Vou te mandar um email propondo um texto inicial e ai damos trato.
        Ok?
        Abraço e mais uma vez, obrigado. :)

  4. Mirian Bastos de Almeida

    Muito bom este tema. Quando inovamos, estamos dizendo que
    aceitamos as mudanças, estamos abertos ao novo que, com certeza
    surge a cada momento da nossa vida.

    • Pois é isso que faz a diferença entre o empresário e o empreendedor Miriam, querer estar aberto as mudanças constantes no mercado.
      Cabe apenas ao empreendedor aceitar, e esta é a grande luta de nós consultores, convencer desta necessidade.
      Grato por sua participação e continue lendo e contribuindo.

  5. Professor,

    Não me surpreende vê-lo escrever com maestria assuntos pertinentes ao Marketing. Tive a honra de ser seu aluno na faculdade e lembro do quanto seus olhos brilham ao interagir como os alunos as ferramentas desta tão importante ciência para a sobrevivência das instituições da era da informação!

    Maravilhoso texto. Parabéns

    Cordialmente,

    Luciano Neves

    • Caro aluno mestre Luciano, se não consegui surpreender neste artigo é sinal que tenho muito ainda que melhorar, mas é claro que só será possível com a sua colaboração, criticando e recomendando, além de indicar novos temas para o próximo tema.
      Fico contente em saber que alunos do seu nível mantêm as pesquisas e leitura sempre em dia. Continue assim e mudaremos o mundo. Bem, se mudarmos o Baixo Sul da bahia já fazemos bem.
      Grato por sua participação

  6. Isabel Gareta

    Óptimo! Una frase que me gusta mucho y que define a la perfección el sentido de innovación es la siguiente: “Cambia antes que tengas que hacerlo”, de Jack Welch, quien fue director general de la General Electric Company.

    Saludos!

  7. Professor e André, adorei a ideia do post “em 4 mãos”… rs
    Imagina só unir em um texto o conhecimento dos dois? Mal posso esperar para ler.
    Parabéns aos dois pela iniciativa.
    Com certeza, os leitores do blog irão amar.
    Abraços,
    Vanessa Alkmim

  8. Muito boa a abordagem, realmente sem inovação não há mudanças e nenhuma empresa sobrevive.