Geomarketing: ferramenta essencial na estratégia empresarial

De que adiantaria um estudo de Geomarketing apartado do projeto estratégico do empresa? Há alguns pontos negativos na terceirização de serviços, mas no geral os pontos positivos superam os negativos. O ponto principal e mais divulgado dos benefícios da terceirização é que a empresa ‘libera energia’ para dedicar-se às suas atividades essenciais. De acordo com Quinn e Hilmer (Strategic Outsourcing), a empresa, “Concentrate the firm’s own resources on a set ‘core competencies’ where it can achieve definable preeminence and provide unique value for costumers”. Ou seja, uma empresa de alimentos não é especialista em limpeza, porém a higiene é essencial, e se desenvolvida de forma ‘amadora’, poderia colocar em risco a sua credibilidade, o mais lógico neste caso seria terceirizar o serviço para empresas especializadas, que estão ligadas ao desenvolvimento técnico-científico do setor. O mesmo caminho lógico seria no caso de estudos de Geomarketing.
O Plano Estratégico deve possuir de forma clara quais as metas e objetivos para um dado período (prazo – curto, médio, longo, etc.). No artigo de W. Chan Kim e Renée Mauborgne, “How Strategy Shapes Structure”, da Harvard Business Review (HBR), 2009, a estratégia é definidora para a perpetuação de uma empresa no mercado. Este artigo é interessante pois apresenta como a Estratégia de uma empresa pode modificar o mercado, criando novas oportunidades, até então desconhecidas.

Quando solicitado um estudo e definido o KIT (Key Intelligence Topic), e com as KIQs (Key Intelligence Questions) em mãos, o projeto deve ter foco. Porter (What is strategy? – Harvard Business Review (HBR), November-December 1996) define a essência da estratégia da seguinte forma:

“[…] the essence of strategy is in the activities – choosing to perform actitities differently or to perform different activities than rivals. Otherwise, a strategy is nothing more than a marketing slogan that will not withstand competition”.

Uma empresa deve centralizar suas decisões, sem ser centralizadora. Os níveis gerais de gestão, estratégico, tático e operacional, a empresa deve ficar sempre atenta ao ‘chão de fábrica’, os colaboradores que dão a ‘cara à tapa’ no cotidiano prático sensível do negócio.

No imaginário coletivo dos decisions makers, o Geomarketing está muito atrelado à ideia de expansão dos negócios, definição de territórios de venda, incremento, etc. Porém, um ponto obliterado condiz aos aspectos internos da organização. O Geomarketing pode colaborar com o setor de recursos humanos, na compreensão espacial do turnover, no processo de contratação de novos colaboradores por território, otimizando os deslocamentos, no setor de suprimentos, reduzindo custos da Supply Chain, etc. Também no planejamento de processos de terceirização, ponderando vantagens e desvantagens.

Sempre, em meus posts, afirmo, quais os limites do Geomarketing? Bem, categoricamente não sei, e tecnicamente há sempre uma solução, mas o mais importante é: qual o limite da nossa criatividade? Esta sim pode barrar o desenvolvimento das atividades, e neste contexto de reordenamento espacial do sistema capitalista e da consequente hipercompetitividade contemporânea decorrente, pode selar de forma definitiva o futuro da empresa, afinal, empresa são constituídas de decisões e “[…] Decidir é posicionar-se em relação ao futuro” (GOMES, Luiz F.; GOMES, Carlos F. S.; ALMEIDA, Adiel T.. Tomada de Decisão Gerencial: um enfoque multicritério. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2006).

 

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3 comments

  1. Priscila Stuani

    >Ótimo texto Luis.
    Concordo com a sua pergunta: "qual o limite da nossa criatividade?"
    A tecnologia está para apoiar as idéias, auxiliar na elaboração e aplicação da estratégia! O importante é pensarmos "fora da caixa"!
    Não conheço muito geomrketing, por isso gosto de acompanhar seus textos.

    Abraço

  2. Luis Paulo

    >Sem dúvida Priscila… Gosto muito de um texto da artista plástica e ensaíta Fayga Ostrower, "Criatividade e Processos de Criação". Cada vez mais pensar fora da caixa é necessário. Vivemos numa mar de mesmice… Transcender é preciso!

  3. Reg Piegatto

    >Luis Paulo, teu texto ficou muito bom! Estou gostando de ver teu progresso! Parabéns!

    Um abraço,