Dando continuidade à postagem mensal anterior, basicamente a Área de Inteligência Competitiva nas empresas é estruturada de forma aparentemente dicotômica: Produto ou Processo. Esta dicotomia é uma adaptação à realidade da empresa e do perfil do analista, coordenador ou gerente que encabeça a IC, e claro, as reais necessidades da empresa.
IC como Produto
“Inteligência Competitiva é a geração ética, oportuna e útil informação de valor agregado sobre os clientes, concorrentes, e demais partes interessadas que participam do ambiente competitivo, inclusive dentro da própria empresa”.
A IC como Produto é a extração de informações pontuais para subsídio de estudos ad hoc, relatórios, etc. Consultorias podem ser encaradas como exemplos.
IC como Processo
“Envolve o estabelecimento das necessidades de inteligência, geração de informação, análise e disseminação de informação acionável para os principais decisores, para a construção de vantagens competitivas, e desta forma, incrementar os lucros”.
A IC como Processo é mais amplo e complexo. A empresa manterá uma área de análises macro-ambientais, em diversos níveis, tanto os horizontais quanto os verticais e as correlatas e potencias conexões entre eles.
Análise Geral
Nenhuma área de IC é 100% Produto ou Processo. A prática e o contexto competitivo da empresa é que determinarão as necessidades e demandas de inteligência. IC como Processo demanda uma estrutura muito mais complexa, tanto na organização interna da área quanto nas respectivas relações que ela estará sujeita. Num primeiro momento, a Área de IC deve se concentrar em coletar e sistematizar informações consideradas úteis, e posteriormente, se houver a necessidade de análises mais precisas, planejar a expansão para análises processuais.
Os 10 fatores de sucesso para a Área de Inteligência Competitiva, baseado em Johannes Deltl:
1. A Inteligência Competitiva deve ter uma área de gerência como mentora;
2. Mantenha-a simples e inteligente;
3. Descobrir quais dados a empresa possui;
4. Trabalhar de forma sistemática e estruturada;
5. Dispor de um banco de dados centralizado (CI systems);
6. Começar pequeno – comece do zero para trazer resultados rápidos e fundamentados;
7. Começar pragmática e operacionalmente é a melhor maneira de obter sucesso e reconhecimento, e expandir progressivamente para análises mais complexas e estratégicas;
8. Manter-se sempre atualizado sobre todas as áreas da empresa;
9. Definir claramente as responsabilidades e competências de IC;
10. Não perder a Criatividade. Para tanto tenha uma abordagem divertida, porém, engajada.
Priscila Stuani
Luis!
Bem didático o seu texto, gostei mesmo porque aborda os dois pontos de vistase depois você faz a conclusão, legal!
Eu não tenho contato com isso no meu dia a dia e é sempre bom vir aqui e ver o que está rolando no mercado como um todo.
Vanessa Alkmim
Ótimo texto, Luis! Os 10 fatores funcionam até mesmo como um passo a passo para as empresas, não é mesmo? Adorei o post, parabéns!