No post da semana passada, falei um pouco sobre a Comunicação Interna promovida com ferramentas web 2.0, ou apenas Comunicação Interna 2.0 como é chamada. Falei sobre suas peculiaridades e o que a difere da comunicação interna que conhecemos como tradicional.
Mas isso não é tudo o que precisa ser dito sobre o assunto, pois implementar a comunicação interna 2.0 é um grande desafio para as organizações. Isso porque sua implementação implica em reconfigurar toda a cultura da organização, suas práticas e dinâmicas.
Trazer a cultura da web 2.0 para as organizações não é apenas criar blogs, fóruns ou twitters é usar os benefícios tecnológicos a favor da organização, é usar ferramentas colaborativas como forma de se trabalhar em conjunto com os colaboradores e extrair o melhor de cada um. O que quero dizer é que é necessário planejamento e que, além disso, a comunicação não pode ser pensada como algo superficial.
O case da HP, mostra o sucesso da empresa na implementação da Comunicação 2.0, conforme descrição abaixo:
“A HP tem social networking, blog corporativo, Wiki interno e uma versão de YouTube. Tudo alimentado pelos próprios funcionários, sem regras rígidas.
A adoção de ferramentas 2.0 com esta amplitude só é possível porque o perfil do público interno da HP permite a ampla utilização de novas tecnologias, seus profissionais, na sua maioria, possuem nível superior, com acesso à internet e domínio do idioma inglês. Mas o ponto fundamental é a aplicação de conceitos na gestão de comunicação, com entendimento das demandas da alta direção da organização e de seus demais colaboradores – lidar com a comunicação de forma estratégica, permitindo a troca de informações e não apenas a disseminação.
O que a área de comunicação da HP entende muito bem é que a comunicação interna é um fator estratégico para o sucesso das empresas porque contribui para os resultados do negócio, é um fator humanizador das relações de trabalho e consolida a identidade da organização junto aos seus públicos”.
A adoção de ferramentas 2.0 com esta amplitude só é possível porque o perfil do público interno da HP permite a ampla utilização de novas tecnologias, seus profissionais, na sua maioria, possuem nível superior, com acesso à internet e domínio do idioma inglês. Mas o ponto fundamental é a aplicação de conceitos na gestão de comunicação, com entendimento das demandas da alta direção da organização e de seus demais colaboradores – lidar com a comunicação de forma estratégica, permitindo a troca de informações e não apenas a disseminação.
O que a área de comunicação da HP entende muito bem é que a comunicação interna é um fator estratégico para o sucesso das empresas porque contribui para os resultados do negócio, é um fator humanizador das relações de trabalho e consolida a identidade da organização junto aos seus públicos”.
Nem todas as organizações estão preparadas para implementar a comunicação 2.0 e, na verdade, elas não são obrigadas a fazer isso. O que o setor de comunicação precisa fazer é tentar resolver os problemas e não forçar a organização a adotar a Comunicação Interna 2.0, se isso for causar um problema. A comunicação interna 2.0 antes de ser uma ferramenta precisa ser uma atitude e fazer parte da cultura organizacional.
Anonymous
>ótimo texto Vanessa!
Como a Comunicação 2.0 pressupõe o conceito de duas vias, do diálogo, ela pode ser instaurada em toda e qualquer empresa, desde que estas estejam preparadas para ouvir seus colaboradores e dá-lhes crédito por suas idéias. Na minha opinião, as ferramentas facilitam a aplicação do conceito: mídias sociais, internet,etc. Mas para além disso, o conceito pode ser aplicado com ferramentas simples e baratas, como uma caixa de sugestões bem gerida,reuniões informais mais frequentes e encontros intersetoriais para resolução de questões estratégicas da empresa, por exemplo.
Tati.
Anonymous
>Ótimo texto! Francisco
natplena
>Também gostei muito do texto, bem em sintonia com a realidade da comunicação interna! Parabéns! ;)
Anonymous
>Concordo, Tati!
Cada empresa tem uma cultura e vive em um contexto próprio. Além disso o planejamento a ser feito não deve ser somente de comunicação interna 2.0, mas se de comunicação interna no seu geral. E ações que promovam a interação e o diálogo de duas vias como, por exemplo, reuniões informais e mesmo a tão falada comunicação face a face são sempre fundamentais em qualquer momento, contexto e cultura.
O que precisa ser feito é aproveitar as opções que a web 2.0 proporciona para o bem das organizações, e sempre pensar em estratégias que aliem a comunicação interna que conhecemos como "normal" às novas tecnologias, fazendo dessa união uma forte aliada para o sucesso da comunicação no contexto interno das organizações.
Vanessa Alkmim
Tatiane Guest
>Concordo Vanessa!
Tati.
Juliana Nogueira
>Muito interessante seu texto, Vanessa.
Poka Nascimento
>"Nem todas as organizações estão preparadas para implementar a comunicação 2.0 e, na verdade, elas não são obrigadas a fazer isso."
Não concordo. Acho que o mundo já é 2.0 e não é mais uma opção aderir a isso ou não, é uma necessidade para qualquer empresa que deseja se manter competitiva.
Anonymous
>Poka, achei importante ressaltar que as organizações que ainda não estão preparadas não precisam fazer isso de uma hora pra outra. O processo deve respeitar o tempo de amadurecimento da ideia para que a organização consiga perceber que a implementação é mais que uma tendência, é uma necessidade.
O setor de comunicação não pode fazer com que a implementação da comunicação interna 2.0 seja um problema. Algumas empresas, principalmente as micro e pequenas, ainda não possuem nenhum preparo para esse momento e muitas vezes até seus próprios funcionários não estão preparados também. Cada organização tem uma cultura específica e está inserida em um contexto de mercado diferente.
A função da área de comunicação é propor uma "migração" em etapas, com ações bem planejadas e de claro entendimento por todos. Assim conseguimos fazer com que a empresa aceite e principalmente entenda os motivos e benefícios da proposta 2.0 para se manter competitiva e atual.
Vanessa Alkmim