Recentemente introduzimos aqui no blog o tema gamification através deste post. Agora, gostaríamos de ir um pouco além e esclarecer alguns pontos que talvez tenham ficado pouco claros. Primeiramente, no post anterior explicamos que gamification é o uso da dinâmica dos jogos nas coisas do dia-a-dia. O objetivo é deixar essas coisas mais divertidas para melhorar a experiência e engajar o público-alvo. Outro ponto destacado é que a técnica explora duas características inerentes a todos os seres humanos: a necessidade de competição e a necessidade de recompensa. No post de hoje vamos explorar um pouco mais os pontos que foram grifados.
Diversão: Esse é o ponto fundamental do gamification. De nada adianta você incluir tudo que é do seu interesse se isso não for divertido para o usuário. Então, tem que ser feita uma análise do ponto de vista do player para tentar compreender o que seria diversão para ele.
Público-alvo: Todos somos diferentes e temos motivações diferentes. Você precisa antes de qualquer coisa mapear o seu público e compreender qual o perfil dele. Segundo os principais autores do assunto, em geral, as pessoas jogam por quatro razões principais, que são vencer, explorar o sistema, para mudar de identidade e para interagir com as pessoas. Além disso, existem quatro tipos de jogadores:
1. Explorers: Jogam para descobrir o jogo. Querem conhecer e aprender como funciona o jogo.
2. Achievers: Jogam para ganhar. A competição é muito importante para esse tipo de jogador. Eles descobrem como agir para ganhar mais pontos e são muito ativos na competição.
3. Socializers: Se interessam em manter uma relação social com outros competidores.
4. Killers: Para eles, não basta apenas ganhar. O outro competidor tem que perder (empate não serve).
É importante destacar que a maior parte das pessoas é mais socializer. Mais, porque todos temos um pouco de cada perfil dependendo do momento, do jogo, das motivações, etc. Conhecer o que motiva o público-alvo é a chave para pensar na melhor dinâmica e após pensar o design do seu jogo.
Recompensa: outra questão fundamental é a recompensa. Quando falamos em ganhar prêmios no post anterior, não especificamos que esses prêmios precisem ser algo tangível. Na verdade, recompensas tangíveis são as menos recomendadas e que devem ser usadas com maior cautela. As recompensas podem ser relacionadas a status, poder, acesso ou coisas materiais. Há muito tempo essa prática já é utilizada por programas de lealdade. Agora, ela só recebeu uma “roupa nova” e portanto é considerada uma evolução desses programas.
Por hoje é isso. No próximo post, vamos abordar um pouco mais sobre níveis de jogo e outros elementos essenciais da dinâmica dos jogos.