Algumas pessoas me fazem essa pergunta a alguns anos, portanto há tempos penso sobre ela. Essas previsões não são simples, mas assim como a TV não extinguiu o rádio e a internet não acabou com a TV, na minha opinião, a resposta é não, a mala direta não vai acabar.
Entretanto, diante de tantas novas tecnologias digitais, que barateiam infinitamente as ações de marketing direto, apresentam maior poder de mensuração, interação, integração e ainda possuem retorno muito mais rápido do que a mala direta, prefiro evoluir a pergunta para: a mala direta vai continuar valendo a pena?
Por favor, não confundam com spam (panfletagem)! Estamos falando das campanhas personalizadas, para bases enriquecidas, com opt-in, com ofertas de acordo com a afinidade do cliente, com o texto e design vencedores nos testes e postadas em um momento meticulosamente definido. Muitos não fazem ideia, mas a quantidade de estratégias, projeções, análises, experiência, testes, planejamento e logística que estão por trás de uma grande campanha de mala direta é descomunal.
Portanto, diferente do passado, quando se tinha altas taxas de respostas, hoje as campanhas de mala direta valem a pena quando, além de bem planejadas, oferecem um produto de valor alto, mesmo que em promoção, ou um serviço de assinatura. Só assim é possível cobrir os altos custos da campanha.
Porém, para obter sucesso no futuro, algumas características precisarão mudar, e uma delas será o canal de resposta. Há alguns anos era inconcebível a ideia de alterar os canais de prospecção e o de resposta. Isto é, uma campanha enviada pelos correios obtinha muito mais sucesso quando solicitava-se a resposta também por correios e não por outro meio, como o telefone ou e-mail. No futuro vejo essa integração acontecendo com mais naturalidade, até porque os jovens de hoje nem sequer sabem onde é o correio de seu bairro. Será necessário integrar o canal de resposta com outro meio, de preferência o digital.
Outra alteração deverá ser na oferta. Se atualmente a mala direta precisa usar de promoções de preços, brindes e sorteios para atingir bons índices de vendas, com a nova geração, a filosofia do FREE de Chris Anderson deverá imperar.
Provavelmente, há mais alterações para se fazer, mas o tripé “mailing list com afinidade no produto”, “arte objetiva no call to action” e “ofertas promocionais” não deverão mudar, apenas sofrerão adaptações.
A geração Z descobrirá que se receber um e-mail de alguém é bom, receber uma carta é muito melhor!
PS: provando que panela velha ainda faz comida boa, recentemente o Google, maior empresa online do mundo, me enviou uma mala direta postal (foto).
Eliane Lages
Parabéns pelo post criativo, Alexandre! Você forneceu uma outra visão sobre uma ferramenta que muitos profissionais já consideram ultrapassada e mostrou como ela ainda é de extrema importância nos dias de hoje. Seu exemplo do Google é ótimo. Mal posso esperar para ler seu próximo post!
Abraços, Eliane.
Alexandre Bento
Oi Eliane, com certeza a mala direta postal ainda tem muita história pela frente.
Que bom que gostou.
Obrigado!
João ANTUNES
Um post interessante e actual. Parabéns Alexandre!
Alexandre Bento
Obrigado sr.João! Fico feliz que tenha gostado.