Marketing versus Computação Cognitiva: qual é o limite?

Em todos esses anos como colaborador do Projeto Implantando Marketing, me acostumei a tentar alarmar os leitores e colegas de profissão sobre a nova era do Marketing. Afinal, numa sociedade dominada pela importância da análise das informações, o papel do profissional da área tende a ser mais analítico, na qual a interpretação das informações que nossos clientes nos passam, de forma muitas vezes não estruturada, assumem grande importância no nosso incansável ímpeto por conhecê-los.

Acredito, que agora temos uma nova fase desse cenário. Nos últimos tempos muitos tem ouvido falar sobre a tal da Computação Cognitiva e em como esse “troço” vai mudar, e já está mudando, a forma como muitas profissões estão atuando.

Basicamente, a Computação Cognitiva pressupõe que os computadores aprendem sozinhos. Aprendizagem de máquina é a habilidade que os sistemas computadorizados têm de melhorar seu entendimento e desempenho por meio de modelos matemáticos e descoberta de padrões de dados, e usá-los para fazer predição e aprender com isso, sem que tenha sido previamente configurado.

Sistemas especialistas simulam o raciocínio de um profissional “expert” em alguma área de conhecimento bem específica, usando inferência para resolver os problemas relacionados a um domínio específico. Utilizam regras heurísticas da mesma forma que nós humanos. Porém, para que isso aconteça, sempre haverá a necessidade de que especialistas dessas áreas  analisem as informações que tais sistemas disponibilizam e os “ensinem a pensar” como um especialista humano pensaria.

Muitas empresas já utilizam aplicações de Computação Cognitiva em suas áreas de Marketing e Vendas realizando pesquisas de consumo, predição de modelos de vendas, lojas e profissionais, bem como sofisticando ainda mais os Modelos Preditivos de Consumo, que começaram a ser realizados pelas áreas de CRM e Business Intelligence das próprias empresas.

Os pessimistas de plantão, ao lerem o que fora escrito acima deverão ter duas reações básicas e esperadas:

  1. Que muitos profissionais da área podem perder seus empregos para uma evolução como essa e;
  2. Que isso nunca dará certo por aqui (no Brasil), por conta do perfil dos clientes e coisas desse tipo…… Quem me conhece sabe o quanto não concordo com ambas as coisas.

O limite da Computação Cognitiva no Marketing é bem claro. É óbvio que essas aplicações serão capazes de automatizar muitos dos processos de Marketing e Vendas. No entanto, sempre haverá a necessidade de análise, por profissionais da área, para que as decisões sejam realmente tomadas.

É óbvio também que para que isso aconteça, nós, profissionais de Marketing, devemos nos atualizar, dar maior importância às análises de informações e utilizá-las como base para as decisões de Marketing. Ou seja, teremos que ter um viés analítico muito mais forte do que temos hoje, para que possamos ser aqueles que ensinarão as aplicações de Computação Cognitiva a “pensar” como nós pensamos.

Mais uma vez: O profissional bom de “Gogó”, deve se atualizar, ou então pode ficar obsoleto. Eu vejo isso como uma grande oportunidade de aumentarmos ainda mais a importância dos profissionais…. e não o contrário.

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O Implantando Marketing visa a união dos profissionais das áreas de Marketing e Comunicação Empresarial e busca formas de divulgação e crescimento dessas áreas através da Implantação de Departamentos de Marketing e Comunicação em pequenas e médias empresas. Para isso, compartilhamos experiências e conhecimentos necessários aos profissionais e empreendedores que querem se beneficiar dessa Implantação. Envie o seu currículo e escolha um dos núcleos do projeto.

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