A frase “Mentalidade maker, mais beta e experimental” é de Andrea Alvares, Vice- Presidente de Marketing da Natura, concedida ao Jornal Meio & Mensagem em 15 de agosto de 2016. A excelente entrevista tratou de questões estratégicas ligadas à forma como a empresa está lidando com este momento da economia brasileira e as mudanças implementadas com relação aos canais de distribuição, entre outras novidades.
Adorei a entrevista, especialmente quando destaca os pilares com os quais a empresa tem que lidar neste momento: geração de demanda, eficiência operacional e cultura. Mas, não é sobre isso que quero falar.
Me incomodou o trecho em destaque no título deste post: “metalidade maker, mais beta e experimental”, pensei, o que isto significa???? O incômodo, recorrente, refere-se à grande quantidade de termos que aparentam modernidade e inovação, mas que ficam pouco claros aos profissionais de marketing e comunicação, pelo menos para mim ficaram, então, vamos lá!
Mentalidade maker?
Significa ter proatividade, ter a mente focada no fazer acontecer, sendo proativo ao pensar o negócio e, principalmente, envolver os diversos níveis hierárquicos com este propósito.
Mais beta?
Hummm! Bem, as ondas cerebrais beta estão “associadas a consciência normal de vigília e um estado elevado de alerta, a lógica e ao raciocínio crítico”, portanto, imagino que este termo signifique estar alerta e pensar com lógica.
Experimental!!!
No sentido de buscar a inovação, coisas que nenhum de seus concorrentes realizou até agora, buscar, planejar e implementar novidades que contribuam para a construção do diferencial competitivo da organização. Experimentar.
Será que interpretei certo?
Claro que a área de conhecimento deve evoluir e ampliar-se. Termos, conceitos, ideias e novidades se constroem e desconstroem constantemente no universo da comunicação e do marketing, mas, com sinceridade, creio que esteja faltando mais simplicidade neste universo pseudo-glamouroso.
Venho acompanhado a evolução do perfil do profissional de marketing já há alguns anos e as exigências com relação a ele, embora tenham se acirrado, não diferem muito do que sempre foi o escopo da profissão: visão de mercado e o consumidor como ponto de partida e chegada das estratégias mercadológicas. Claro, que tanto o mercado quanto o consumidor estão diferentes, mas o processo de aprender sobre eles é condição básica do nosso trabalho. Ou não é??
