Talvez você, assim como eu, esteja tentando compreender o impacto da automatização da compra de mídia sobre a execução das estratégias mercadológicas e de suas relações com sua agência de propaganda. Ou talvez, antes disso, você esteja procurando entender o que é mídia programática.
No final de março, o jornal Meio e Mensagem publicou seu tradicional especial sobre o profissional de marketing onde, em um dos artigos intitulado “Sem medo da programática”, tece algumas considerações sobre esse desafio que se insere em nosso cotidiano. Segundo o artigo, Mídia Programática é definida como “processo automatizado de transação de espaços publicitários, por meio de plataformas tecnológicas, que permitem à agência ou ao anunciante comprar impressões a partir de perfis de audiência, unindo quem compra e quem vende, propiciando a otimização de tempo e recursos”.
Isso significa que a partir da seleção de perfis da audiência, disponíveis em uma dada plataforma tecnológica, é possível comprar uma série de “contatos” a serem estabelecidos com o público. “Programática não é canal, é uma forma de otimizar investimentos publicitários entre canais”, afirma Fernando Juarez, na sequência do artigo.
Ressalto aqui, especificamente, uma mudança que considero extremamente relevante, observe a frase: “que permite à agência ou ao anunciante comprar impressões.”. A grande mudança, a meu ver, a possibilidade do anunciante atuar diretamente nesse aspecto, abrindo a caixa preta da mídia, algo que há alguns anos parecia inexpugnável.
Embora o aprendizado não seja imediato e vá requerer do profissional de marketing um esforço adicional, creio sinceramente que é uma mudança extremamente positiva e, com certeza, irreversível como afirma o artigo que citamos. Em curto espaço de tempo poderemos, como anunciantes, comprar espaço em todos os tipos de veículos, seja on ou off-line, talvez até o seu departamento de compras um dia faça isso (brincadeirinha!).
O fato é que a tecnologia pode nos ajudar a traçar um caminho através das centenas e milhares de oportunidades de anúncio, nos aproximando do comportamento dos diversos públicos-alvo, desnudando seus hábitos de consumo de mídia e, sobretudo, permitindo que anunciantes e agências dediquem mais tempo ao que realmente é relevante: planejamento de estratégias mercadológicas mais eficientes baseadas numa compreensão mais profunda do comportamento e das necessidades de cada público-alvo.
Parece uma ótima perspectiva, não acham?!