Atualmente, a economia moderna classifica o empreendedorismo como o quinto fator de produção e canal indutor de relações de mercado sustentáveis e duradouras. Nesse sentido, também é abarcado o conceito de empreendedorismo como um driver para o crescimento econômico, geração de emprego, inovação e produtividade. Ele se relaciona com a inovação e ambos estão associados com o “fazer algo novo”.
A importância do empreendedorismo transcende a expectativa da população em geral, onde somente o dono de um negócio é um empreendedor.
Ser empreendedor é um estado de espírito, desenvolvido por qualquer pessoa, em qualquer fase da vida.
Pessoas jovens, adultas e idosas, possuem sonhos e sentimentos. A busca orientada (ou nem tão orientada assim) pela aquisição ou conquista deste sonho é o que determina ser uma pessoa empreendedora. Colocamos aqui, alguns requisitos primordiais de uma pessoa empreendedora:
- Possuir um sonho/objetivo bem definido.
- Ser Visionário. Compreender com antecipação uma necessidade ou tendência para atuar/ usufruir na busca de um sonho.
- Planejar como alcançá-lo. (Com papel e caneta mesmo!) Planejar é: Que passos devo executar para chegar lá? Para chegarmos ao 10º degrau de uma escada temos que passar pelo primeiro, segundo…etc. Correto?
- Estudar. Estudar formalmente (cursos de todos os níveis) ou informalmente (pesquisas na internet ou de campo) é característica de pessoas empreendedoras.
- Arriscar. Todos os empreendedores arriscam. Uns mais, outros menos. Mas arriscam.
- Persistir. Levar um erro como um aprendizado e seguir tentando é obrigatório na vida de um empreendedor.
- Gratidão. Jamais esquecer que o mundo é um moinho, e que todos que lhe ajudaram em algum momento poderão precisar da sua ajuda. No mundo de hoje, isso acontece de forma cíclica e contínua.
Sendo assim, qualquer pessoa pode ser um empreendedor???
Sim!!!
Todos os tipos de empresas ganham com isso. Empresas privadas, públicas, órgão de governo… todos! Pois, pessoas que sabem onde querem chegar, rendem mais, são mais felizes e fazem o negócio em que estão vinculadas prosperar de forma mais ágil e eficaz.
Já levando ao pé da letra o conceito popular do que é ser um empreendedor (dono de um negócio), pode-se afirmar através de dados do SEBRAE (2013), que a maioria esmagadora dos negócios existentes em nosso país é micro ou pequeno. Do total existentes de empresas formalizadas, 99% delas são MPEs – Micro e Pequenas Empresas, isso significa aproximadamente 9 milhões de empresas, responsáveis por 27% do PIB, e geradoras de 52% dos postos de trabalho do Brasil.
As MPEs são reconhecidas, principalmente, por sua capilaridade em diferentes setores da economia. Estas empresas, além de absorver mão de obra naturalmente, propiciam espaços para pessoas com maior dificuldade de inserção no mercado, como jovens em busca do primeiro emprego e as pessoas com mais de 40 anos. Elas dinamizam a economia dos municípios e bairros das grandes metrópoles devido a sua flexibilidade e volatilidade de lidar com as adversidades da economia como um todo.
Em épocas de recessão econômica, atuam de forma anticíclica, registrando maiores níveis de emprego em tais épocas, sendo assim, um grande trunfo para sustentar o alto nível de desemprego, geralmente enfrentado nestes momentos. Sem elas o mundo para!
Para Juliano Seabra, diretor de Educação, Cultura e Pesquisa da Endeavor, “temos que criar um setor público que considere o empreendedorismo de forma mais abrangente, que ajude o jovem a entender melhor esse processo. Estamos em um momento em que a economia e a sociedade são incompatíveis com o modelo de grande corporação, então temos que combinar os dois lados para os empreendedores contribuírem com novas empresas e ao mesmo tempo ter o fomento de novos empreendedores.”
Artigo escrito pelo Palestrante, Professor e Empreendedor Criativo, Vinícius Mendes Lima para o blog IMKT, com colaboração de Alessandra Alkmim.