O impacto da presença em redes sociais na vida profissional

As redes sociais vieram para ficar. E cada dia surge uma nova. Diariamente somos bombardeados de informação de todos os tipos, e muitos de nós acaba inclusive criando o vício de consultá-las para tudo. Elas se tornaram parte das nossas vidas. Tem gente que criou o hábito de postar tudo o que faz no Facebook e Google +, comenta tudo o que vê no Twitter, faz check in em todos os lugares no FourSquare e assim por diante. Mas até que ponto esse nível de exposição pode ser benéfica ou prejudicial? E quando se trata de um profissional, que impacto isso pode gerar na carreira? Nossa vida virou um grande Big Brother, no qual as pessoas podem nos acompanhar à distância. A diferença, é que controlamos o que vai ao ar, logo, nosso bom senso pode ser nosso aliado (ou não).

Imagine-se na seguinte situação: Você gosta de postar fotos de todas as situações, inclusive aquelas baladas na qual você não estava exatamente “bem na foto”. Exibe seu corpo e muitas vezes dá opiniões sobre assuntos polêmicos com posturas pouco ortodoxas, mas está tudo certo porque as pessoas que conhecem você sabem que um comentário ofensivo pode ser uma piada, que uma foto sensual pode ser uma brincadeira ou simplesmente uma foto que para você não tem nada demais. Mas aí, por qualquer razão, você resolve buscar uma recolocação profissional. Os recrutadores, com raras exceções, VÃO consultar suas redes sociais para ver que tipo de pessoa você parece ser. E na maioria das vezes, você vai ser pré-julgado de forma negativa se não tiver bom senso. Se a empresa tiver um clima mais descontraído e contratar você do mesmo jeito, você vai ser comentado pelos colegas, muitas vezes de forma pejorativa. As pessoas são assim, na sua maioria e isso pode sim afetar seu desempenho.

Você pode ser a favor da máxima “A vida é minha e da porta pra fora faço o que quero!” Sim, mas você não precisa se expor aos quatro ventos, pois a nossa liberdade termina onde começa a dos outros e daqui a pouco, podemos ser mal interpretados por uma pessoa-chave e isso pode fechar portas. Ao invés disso, você pode usar as redes como aliadas para mostrar opiniões relevantes e positivas sobre determinados assuntos, fazer redes de relacionamento, se aproximar de pessoas queridas ou estratégicas, enfim, uma série de usos positivos. Sabe aquela foto em que você está com um decote extra, ou com aquela carinha de o último a sair da balada? Não poste, a menos que seja em um álbum privado apenas para poucas pessoas. Evite deixar aberto para que colegas de trabalho ou possíveis contatos profissionais vejam. Eu sei que muitos dirão que isso é um absurdo e que uma rede social pessoal não deve ser avaliada para fins profissionais, mas infelizmente é e cada dia mais. Melhor não arriscar não é?

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7 comments

  1. Caubi Nóbrega

    Por outro lado, esse tipo de exposiçāo, antes restrito aos nossos amigos mais íntimos, e agora aberto a quem quiser ver, ajudou a transformar o mundo inteiro em uma aldeia, onde todo mundo sabe de tudo, e a ninguém, que quiser viver nele, será dada a liberdade de desnudar-se moral e fisicamente, sem que outros fiquem sabendo. Terão assim, os personal hunters, meios de escolher pessoas sem máscara e sem fantasias, o que, é muito bom, pois já não reservará a surpresa de uma constatação negativa, depois de feita a contratação, e afinal, quem garante que a bêbeda tagarela das fotos do Facebook não pode vir a ser uma ótima profissional ?

    • Aline Roque

      Primeiramente, gostaria de agradecer os comentários, tanto do Caubi quanto da Priscila. Esse tipo de discussão é extremamente relevante e muito enriquece nossas postagens.

      Concordo com a Priscila quando diz que este não é um fator decisivo no momento de uma contratação, mas sim um item a ser observado. Também concordo com o Caubi quando cita a importância da transparência. O problema, é que todos os excessos, seja para o bem, seja para o mal, são prejudiciais, no momento em que expõe de uma forma muitas vezes errônea aos olhos de quem vê.

      Se ao escrevermos temos uma margem de erro na interpretação, uma vez que não é possível captar a entonação vocal de quem escreve, imaginem vendo imagens sem termos o contexto.

      Sim, somos pré-julgados na maioria das vezes e isso pode não ser um fator decisivo, mas certamente contará pontos negativos no momento de escolher entre duas pessoas com perfis profissionais similares, uma demonstrando mais reserva e outra menos. Lembrando que muitas vezes, esse candidato representará a empresa perante clientes e fornecedores e querendo ou não, as imagens (da empresa e do profissional) são interligadas. O que vocês acham?

  2. Aline!

    Considero importante levar em consideração o comportamento do “candidato” tem na web e concordo também com o Caubi, ele deu um ponto de vista interessante mediante a situação.

    A área de recrutamento e seleção não é uma ciência exata, portanto cada recrutador adota uma política de seleção, levando-se em conta o que a empresa busca também.

    Particularmente, eu buscava informações de candidatos na web, mas não com o intuito punitivo ou seletivo, digo, se visse uma reclamação no “Reclame aqui”, por exemplo, observaria como a pessoa se comporta e levaria em conta que é uma questão pessoal, antes dele ser um profissional, é um consumidor que tem direito de resolver seus problemas. Já no caso em que há discussões e as respostas não são ortodoxas, como a Aline colocou, isso pode não ser o fator decisivo, mas necessário levar-se em consideração.

    Abraços,

    Priscila Stuani

  3. Bom,

    Eu sou da opinião que é importante manter uma linha mais neutra na web.
    Meu facebook por exemplo é muito pessoal, ou seja, tenho apenas 3 contatos profissionais, que são colegas de empresa, e os demais mantenho no meu Linkedin.

    Já recebi alguns convites para participar de eventos e dar palestra através do meu Twitter, que é totalmente profissional, posto assuntos da minha área e etc. Vejo essa mídia como ferramenta de apoio para agregar conhecimento e não tenho muitos comentários pessoais.

    Digo isso porque tem pessoas que postam coisas que não são interessantes, por exemplo, como recrutadora não me interessa se a pessoa está gostando ou não da novela X da emissora Y… Se passou o final de semana em tal praia… Tudo bem que isso não e um assunto polêmico, mas totalmente irrelevante.

    O uso das minhas redes sociais tem me ajudado a transmitir um conteúdo mais profissional.
    Em nossa área de Marketing e Comunicação, fazer um bom uso dessas opções é fundamental.

    Acredito que determinados pensamentos e opiniões devem ser guardadas, afinal quantos de nós nos deparamos com situações que nos dá vontade de falar no bom e velho português claro, mas que a polidez e boa educação nos priva? Na web, embora seja um ambiente virtual, não é diferente.

  4. Super oportuno o tema, ALINE.
    Só porque vivemos em um mundo acelerado e inovador, às vezes nos esquecemos que ainda somos e sempre seremos Humanos.
    E certos preceitos de boa convivência são eternos.

    Sobre o comportamento nas redes sociais e mundo ‘online’, certo dia li um artigo no brandautopsy.com sobre Ética Online Enxuta, que vale citar rapidamente.
    Basta sempre adicionar o “online” após o bom senso:

    1. Não compartilhe informações financeiras confidenciais… online
    2. Não faça comentários depreciativos à Empresa… online
    3. Não discuta assuntos sigilosos da Empresa… online
    4. Peça permissão das pessoas antes de publicar fotos delas… online
    5. Não faça comentários hostis ou ofensivos às pessoas… online

    Super simples!
    Abraços e $uce$$o! :)

  5. Luis Vidaletti

    Excelente abordagem Aline, muito pertinente!

  6. Aline Roque

    Excelente contribuição André! Realmente, algumas regras podem ser adaptadas para a web e levar o bom senso para esse ambiente.

    Obrigada pela visita Vidaletti! Fico feliz que tenha gostado do conteúdo.