
Já nos anos 90 e início dos anos 2000 era visível a mudança de postura do mercado. Aos poucos, as pessoas que produzem ao máximo dentro de sua carga horária e aproveitam para curtir a vida nas horas de folga, foram sendo cada vez mais bem vistas e chegando aos cargos mais altos nas empresas. Alguns especialistas arriscam-se a dizer que em breve os workaholics não terão mais vez. Por que? Simples! Em nenhum momento da história a qualidade de vida foi tão valorizada nas empresas. Algumas, em especial impulsionadas pela falta de mão de obra, não só incentivam como investem para que seus colaboradores sintam-se bem, não somente no ambiente corporativo, mas em suas vidas como um todo. Benefícios oferecidos pelas empresas podem incluir desde horários flexíveis, até creches/escolas para que os colaboradores deixem seus filhos e sintam-se tranquilo, auxílio de custo para academia, ou um ambiente próprio para a prática de atividades físicas nas suas sedes, auxílio viagem, apoio psicológico em momento de crise, como separações ou perdas de parentes, enfim, diversos itens que somados estimulam e auxiliam as pessoas a se sentirem plenamente satisfeitas em suas vidas.
Mas não se enganem! As empresas não fazem isso por estarem se tornando paternalistas. Fazem, pois compreenderam que pessoas felizes produzem mais e melhor, pois estarão com a mente e o coração calmos para executarem suas tarefas com excelência e poderão focar suas 8 horas de jornada, na busca de soluções em suas carreiras. As empresas estão cada vez mais tomando ciência que o workaholic leva todo seu stress para o ambiente de trabalho e muitas vezes acaba minando uma equipe inteira. Em uma fase onde as empresas “disputam no palito” pelos bons profissionais, são esse diferenciais que fazem com que se opte por uma ou outra empresa.
Se você profissional continua com uma postura workholic e leva isso para sua equipe, talvez esteja na hora de repensar. Logo essa atitude pode não ser mais tolerada. Em outro post já abordei alguns aspectos sobre a busca do equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Se você não tem bem um norte para sair desse ciclo vicioso, talvez essa seja uma leitura útil. E você? Se considera um viciado em trabalho ou conhece algum? Compartilhe suas experiências.
Priscila Stuani
Falta muito ainda para as empresas e profissionais melhorarem, mas já é um grande avanço.
Tive um cliente que nossa… Horário de entrada era sagrado, já o de saída….. Outra prática que ele realizava era a generalização de perfis, um junior tinha a mesma responsabilidade do senior, até o dia em que fiz a fatídica pergunta para o gestor da área: “Mas e os salários, são equivalentes também?”. Só os grilos se manifestaram…
Claro, mercado competitivo, rotatividade elevada e vários fatores que contribuem para a canibalização da mão de obra, mas é importante que tanto profissional quanto gestores entendam a importância de manter um ambiente sadio para o trabalho.
Ótima reflexão.
Abraço!
Priscila Stuani