O desejo de compra pode surgir de uma necessidade real e identificada por uma pessoa, mas há outros fatores que o influenciam. Status, promoções, a palavra “Sale”, propaganda, celebridades e blogueiras, são vários os motivos que levam alguém a obter algo.
Mas, será que as pessoas têm a consciência de que nem sempre compram um produto ou adquirem um serviço? A maioria não entende o que está sendo comercializado por uma empresa e que seu objeto de desejo pode representar, na verdade, um sentimento ou status aspirados.
Recentemente vimos uma polêmica em torno da marca de sapato Arezzo, quando uma consumidora descobriu que embaixo da palmilha havia o nome de outra marca, a Via Uno. O post de Cynthia Cabral no Facebook foi compartilhado milhares de vezes e viralizou na Internet. E, como era de se esperar, gerou uma crise para a Arezzo.
O produto em si não apresentava nenhum defeito técnico e a consumidora comprou o par de sapatos porque desejava ter a marca Arezzo nos pés e topou pagar mais caro por isso. Se fosse o contrário, talvez ela não tivesse ficado tão chateada.
Ao entrar em uma loja, vemos os produtos que estão nas prateleiras e expostos em vitrines para serem vendidos. Mas eles podem ter valores agregados, o que realmente vão fazer com que o consumidor pague mais por eles.
A marca americana Victoria’s Secret, por exemplo, é conhecida por suas lingeries e cosméticos, altamente desejados por mulheres no mundo todo. Contudo, o principal produto comercializado pela marca é a sensualidade. E isso está presente em toda a comunicação da Victoria’s Secret com suas belíssimas e sexys garotas propaganda, as chamadas Angels.
Várias marcas têm como produto principal os valores embutidos nos seus produtos e as pessoas estão dispostas a pagar mais caro por eles, ainda que sem ter muita consciência disso. Muitas vezes, são os desejos e as necessidades instantâneas que levam o consumidor às compras.
