Há algumas semanas atrás assisti ao vídeo publicitário do Gol Volkswagen, (vale a pena assistir aos 30 segundos) que traz o jogador Bebeto. Tenho assistido pouco à TV, e me deparado com comerciais que me fazem pensar: será que foi mesmo um profissional que elaborou “isso” ou o amigo, filho, sobrinho do dono da empresa? Claro que temos muitos bons filmes, embora me pareça que eles têm aparecido em menor quantidade, e esse do Bebeto, para mim, é um excelente exemplo.
Não tem nada de super produção. Filme simples, mas que soube aparecer no tempo certo, não podia ser no próximo ano, nem no que passou. E é isso que atinge o consumidor. Ele não só vende o produto, mas toca a memória de milhares de pessoas que não esqueceram, 18 anos depois, de um momento marcante no futebol brasileiro, ou seja, na paixão por esse esporte associado ao primeiro carro.
Fiquei me perguntando: foi um profissional da Volks ou um empresário do jogador que teve essa ideia? Essa propaganda me fez alertar para a necessidade de estarmos todos os dias atentos às oportunidades únicas de explorar as marcas das empresas e produtos. Um aniversário, datas comemorativas, grandes eventos são também ótimas oportunidades, mas são, digamos, previsíveis e, até certo ponto, chegam a ser uma obrigação. Então precisamos ir além, buscar a fundo, vasculhar no passado ou prever o futuro. E claro, não perder o tempo!
Diante disso, podemos também perceber que devemos ter uma boa documentação da memória da história da empresa, de datas/momentos/eventos/acontecimentos marcantes. O marketing não faz sempre planejamento a tão longo prazos, mas considero que algumas ações já podem ser “anotadas” para no futuro não serem esquecidas.
O natal já está nas ruas, o réveillon e até mesmo o carnaval. Ótimas oportunidades de vendas.
Mas… e depois? Ou: e além disso tudo que já estamos habituados? Espero que ao me sentar para assistir à TV, ao ler um a revista ou ao abrir meus e-mails, mais “Bebetos” apareçam à minha frente. Sempre e cada vez mais!
Vanessa Alkmim
Amei seu texto, Paula!
Observações muito bem colocadas, esse filme do Bebeto apareceu exatamente quando tinha que aparecer. É realmente muito importante não perder o tempo exato de realizar ações que, como essa, agregam tanto valor à marca.
Abraços e parabéns pelo post.
Eliane Lages
Oi Paula,
Tive a mesma percepção que vc quando vi esse comercial! Que grande sacada o cara que criou o comercial teve! Mas, será que foi ele mesmo ou o empresário do Bebeto? De toda forma, espero que neste natal o pessoal da área de publicidade perceba isso e construa propagandas mais criativas e que realmente nos conquiste como consumidores! Parabéns pelo post!
Abraços, Eliane.
Heron Xavier
Não gostei desta propaganda, mesmo trazendo à mente as lembranças da Copa de 94.
Hoje muitas empresas, que antes apelavam para o preço e combate à concorrência, estamos migrando para a emoção e simpatia ao cliente.
Por um lado, é bacana, pois mexe com nosso emocional. Aí você chega na Concessionária e recebe um atendimento ruim e seu filho, que não fez nada de útil para merecer um carro aos 18 anos, destrata a família do consultor, por se achar no direito de ser lembrado e emocionado por um comercial de TV.
Ricardo J. Costa
Gostei muito do comercial, reforça a identificação que o carro gol tem com o consumidor brasileiro através da lembrança do gol que o Bebeto marcou em 94, juntando duas paixões nacionais: carro e futebol. O comercial também ajuda a reforçar a percepção que o gol é um carro popular e que pode ser o primeiro carro dos brasileiros.
Victor Raful
Quanto ao momento da propaganda, sim, acho que foi uma boa sacada. Não creio que tenha sido o empresário do jogador que teve essa ideia.
Não se esqueçam que Bebeto faz parte da comissão da copa e está aparecendo com frequencia na mídia, o que é mais um reforço para a propaganda.