No meu último post, trouxe para vocês algumas técnicas de apresentação sugeridas pelo professor Sergio Marchetti, para planejar a apresentação, trouxe também as dicas para dominar a arte de falar em público, entre outras informações que podem fazer diferença na hora de apresentar um trabalho, de defender uma tese ou mesmo, de defender um ponto de vista no seu trabalho.
Hoje, vou continuar o assunto, trazendo mais algumas informações que podem contribuir ainda mais. Vamos lá?
Existem 3 itens que devem ser analisados para que você faça uma apresentação de sucesso: a expressão corporal, a voz e o conteúdo.
1) A expressão corporal
A linguagem corporal deve reforçar as palavras, dar vida ao que se diz. O corpo deve falar; entrar em sintonia com a expressão verbal e ser um valioso instrumento de uma apresentação.
Quanto mais você conhecer o seu corpo, maiores serão as chances de utilizá-lo com pertinência e propriedade.
Compõem a expressão corporal:
O vestuário, o olhar, o equilíbrio emocional e a localização.
a) VESTUÁRIO: Discreto, Apropriado, Adequado.
Para os homens:
- Estar muito bem barbeado;
- Se houver dúvidas quanto a roupa a usar, optem pelo terno, mas verifiquem se ele é adequado à temperatura e ao local da apresentação: em situações formais, prefira ternos de cor escura;
- Verifique se os botões da camisa estão bem presos;
- Decidindo retirar o paletó, não tire a gravata e nem arregace as mangas da camisa.
Para as mulheres:
- Sejam discretas no uso de: joias, bijuterias, roupas, saltos. Devem ser evitadas roupas muito justas ou curtas, decotadas, com grandes estampados, de cores berrantes ou descoordenadas, inadequadas em relação à temperatura e estação do ano; cintos excessivamente apertados que marquem a linha da cintura; sapatos novos de verniz (podem machucar) ou com saltos altíssimos;
- Os cabelos precisam estar bem penteados; e se forem longos, que não cubram o rosto. O uso de penteados exóticos é totalmente contraindicado se o público for constituído de pessoas conservadoras.
- As cores da maquilagem não devem ser muito fortes, evitando-se, sobretudo o batom vermelho.
b) OLHAR:
Recurso físico que contribui muito para a empatia. Deve-se olhar em todas as direções do grupo, estabelecendo pausas entre esta ação, procurando fixar os olhos com naturalidade, buscando uma relação de reciprocidade.
Se os espectadores apresentarem olhares interrogadores, é o momento de sintetizar os pontos discutidos até aquele instante e dirimir as dúvidas. Por sua vez, se os olhares se mostrarem simpáticos e receptivos, prossiga com a palestra.
Entretanto, se os olhares estiverem cansados, mude as regras da apresentação; se, por demais ansiosos, busque alternativas para baixar a tensão gradativamente.
Quando se sentir tenso, olhe para a pessoa que lhe parecer mais receptiva, guarde essa imagem dentro de você como uma âncora positiva e prossiga com sua palestra. Caso haja um olhar hostil por parte de um espectador, evite-o durante os trinta primeiros minutos; aos poucos, a segurança o auxiliará a evitar a síndrome da perseguição.
c) EQUILÍBRIO EMOCIONAL:
O nervosismo é inerente ao ser humano, porém o que contribui positivamente para vencê-lo é ter segurança do que vai fazer ou apresentar; acreditar na importância do tema a ser abordado; é falar para o público com amor e emoção, ao invés de falar para você.
O fato de querer e gostar do que se está fazendo leva a uma atitude positiva que contribui para o equilíbrio emocional.
A prática irá ser decisiva para diminuir significativamente a timidez e o medo.
d) LOCALIZAÇÃO:
O apresentador deve se manter equidistante de cada participante. Pode e até recomenda-se caminhar, porém lentamente, explorando espectadores menos atentos ou mais interessados.
2) VOZ
A voz possui uma série de características que devem ser trabalhadas: o tom, o timbre, a sonoridade, a pausa, a dicção, o ritmo, o volume, o vocabulário e a própria semântica.
Adequar o tom ao gesto e ao conteúdo da mensagem torna-se um elemento obrigatório.
Voz é vida, é ação. Ela permite enfatizar as ideias, torná-las vibrantes, claras e dinâmicas. Uma voz bem trabalhada transmite segurança, credibilidade e matiza as ideias em filigranas de emoção e poesia.
a) LINGUAGEM:
Quem é seu público?
O que pensa que desejam ouvir?
Qual perfil da plateia?
Use a linguagem que melhor estabelece a sintonia na comunicação entre vocês.
b) SIGNIFICADO DAS PALAVRAS:
As pessoas é que dão significado às palavras, de acordo com os costumes, o nível cultural, a linguagem, o que pode tornar o processo mais complexo.
A apresentação deve, portanto, conter uma linguagem simples, concisa, clara, lógica e adequada ao perfil do participante.
São várias as formas de linguagem, eis algumas:
- Linguagem Persuasiva (de convencimento, política, idealista)
- Linguagem Coloquial (linguagem usada no dia a dia)
- Linguagem Científica (termos técnicos, sem vocabulário corriqueiro, utilizada na medicina, livros científicos, engenharia, física, etc.)
- Linguagem Poética (emotiva, rimada, rica, chorosa com vocativos, alegre, musical, etc.)
c) VOCABULÁRIO:
Conjunto de palavras de uma língua.
Evitar gírias, regionalismos, palavras pedantes, termos técnicos, etc.
Adequar o vocabulário à prática.
3) CONTEÚDO
A apresentação deve seguir um roteiro:
Frase de abertura: (IMPACTO POSITIVO) revela o objetivo e capta o interesse do público;
Introdução: apresenta o tema, orienta os ouvintes no contexto a ser desenvolvido, informa sobre os caminhos a serem percorridos;
Desenvolvimento: expõe os argumentos que possam provar a tese defendida;
Conclusão: sintetiza o que foi desenvolvido e realça a ideia principal;
Frase sugestiva: (CHAMAR O PÚBLICO PARA A AÇÃO) para encerrar a palestra.
Use o dicionário quantas vezes forem necessárias e consulte uma boa gramática para solucionar dúvidas.
Quer saber mais?
http://www.sergiomarchetti.com.br/site/
http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/5-livros-com-dicas-para-falar-bem-em-publico
Já passou por alguma situação em que essas dicas fariam ou fizeram a diferença? Comente e compartilhe sua experiência. E até o próximo post.
Priscila Stuani
Muito bom Ju!
Junta tudo isso com MUITO TREINO e blz!
Bjos
Pri
Juliana Rezende
Isso mesmo, Pri. Muuuuito treino!
Maritza E. Benjamin
Ria de si mesmo Se cometer alguma gafe e o público achar graça, ria com ele e prossiga. E não precisa pedir desculpas, pois isso passa uma impressão de insegurança e despreparo. Frase-resumo Comece com uma frase de efeito, que resuma seu tema e conquiste o público . Em jornalismo é o que a gente chama de lead: pôr o mais importante logo no início. Lei dos 5 minutos O público não mantém a concentração por mais de 6 minutos. Para garantir o foco, a cada 5 minutos, altere algo: sua posição, o volume da voz, o slide da apresentação. Vídeo autocorretivo [1] Grave-se falando. Só aí você repara e se livra de muletas como “tipo…” e “né?”, pausas como “ããã” ou “ééééééé” e cacoetes como coçar a cabeça e ajeitar as calças. Power Point com moderação A ideia é falar, não ler em público. Para isso, deixe o mínimo de texto em cada slide. A apresentação deve auxiliar, mas jamais ofuscar o palestrante. Conheça o público [2] Saiba quem é sua platéia e o que ela espera de você – não pague o mico de saber menos que ela. Além disso, esteja atento à reação das pessoas e dê espaço à interação. BÔNUS ANTIBRANCO Basta usar a frase: “Na verdade, o que eu queria dizer é…” Esse artifício obriga você a recontar a mensagem de outra maneira, e isso pode livrá-lo da armadilha do “branco”.
Juliana Rezende
Maritza,
Muito obrigada pela contribuição! Isso é compartilhar conhecimento.
Abraço.
Priscila Stuani
Maritza E. Benjamin
Muitas dicas bacanas!
Terça que vem apresento a minha banca do TCC e mais dicas para eu entender e praticar!
Mateus Rosa
Olá Juliana, obrigado pelas dicas muito bom;