Os jogos olímpicos deixam algum legado em Marketing Esportivo para o Brasil?

Não podemos negar que entre mortos e feridos, salvaram-se quase todos nos Jogos Olímpicos realizados no Rio de Janeiro. De uma festa de abertura elogiada mundialmente, passando por pequenos problemas estruturais, principalmente na Vila Olímpica (que não foi uma exclusividade somente das Olimpíadas realizadas no Brasil, diga-se), e também pelo caso da confusão dos nadadores dos Estados Unidos, acredito que a nação não teve a imagem tão desgastada como muitos críticos a realização dos jogos diziam que teríamos. Mas… e o legado?

Desde antes dos jogos essa é uma das perguntas que muitos fizeram. O legado, aquilo que fica para o país ou a cidade que realiza os jogos. Na maioria das vezes essa pergunta fica restrita aos legados estruturais e de mobilidade urbana da cidade sede, e hoje, caro leitor, gostaria de aumentar o alcance dessa pergunta ou então, complementá-la: Fica algum legado em Marketing Esportivo para o Brasil?

As Olimpíadas aumentarão os investimentos no esporte considerado amador no Brasil, ou ainda precisaremos que as Forças Armadas apoiem o esporte em troca de alguns atletas prestarem continência no pódio quando o alcançam? (Não que isso seja ruim, pelo menos alguém se mexeu nesse sentido!).

O número de praticantes de Esportes com alta penetração mundial, tais como o Handebol, Basquetebol, Badminton, Canoagem, Hóquei entre outros aumentarão a ponto de gerarem maiores receitas no que tangem a aplicação do Marketing e da Gestão Esportiva, ou somente teremos um lampejo dessas modalidades nos jogos e as coisas continuarão iguais?

As modalidades mencionadas acima possuem um apelo gigantesco em outras partes do mundo, gerando de empregos a dividendos para os investidores. Temos material humano que muitas vezes ficam presos ao famigerado futebol e, infelizmente, não acredito que tenhamos algum avanço nesse sentido. (Espero de todo o coração estar enganado!)

Outro problema são confederações que simplesmente continuam com a gestão do século passado e não abrem suas cabeças para a profissionalização, tanto do esporte quanto de sua gestão, como forma de desenvolver o esporte. Um grande exemplo é a Confederação de Beisebol que simplesmente dificulta a atuação de Equipes profissionais do Esporte (Equipes da Major Legue Baseball), na busca de jogadores e até mesmo na implantação de escolinhas do esporte no país (PASMEM!!!).

Tive a oportunidade de participar de um curso sobre a Gestão de Esportes Americanos na Escola Smart e pude perceber o quanto a gestão e o Marketing Esportivo podem evoluir no Brasil. Além de algumas políticas públicas que faltam para a difusão de esportes não tão triviais no Brasil, falta também um melhor entendimento por parte de quem gostaria de atuar nesse mercado, (por isso a formatação desse curso), bem como a vontade de fazer com que isso aconteça. Quem sabe não podemos ser os responsáveis pela gênese de uma liga de esportes universitária (Esporte + Educação sempre geram ótimos dividendos), como a NCAA que possui esportes de todos os tipos, onde atletas e, principalmente, cidadãos são formados!

Infelizmente não consigo ver esse legado Mercadológico por parte das Olimpíadas no Rio de Janeiro, mas reitero: espero estar enganado. Evoluir é preciso!

Até a Próxima Folks!

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1 comment

  1. Leandro Alcides Teixeira

    Eu acredito que depois das Olimpíadas muitas coisas melhores iram acontecer no marketing na área de esportes aonde eu amo tanto, sou literalmente apaixonado nesta área esportiva, e acredito q o marketing irá crescer muito dentro do esporte brasileiro.