Neste mês, a Zotto Soluções Mobile, empresa que tem como foco a mobilidade dos usuários, lança no mercado o projeto ZTORE. Composta por Pablo Lopes (CTO), Élcio Junio (CEO) e Richard Ribeiro, o responsável por PR, Marketing e UX das plataformas que compõem o projeto, a empresa oferece uma solução que vai trabalhar com venda de chatbots por meio dos modelos de atendimento, eventos, agendamento e vendas.
De acordo com Richard Ribeiro, o projeto é formado pela união de duas plataformas on-line e tem como objetivo a venda de produtos modulares. Confira nesta entrevista com o profissional as vantagens que a solução apresenta e uma análise de como os chatbots tem sido usados atualmente no mercado.
Implantando Marketing: A pesquisa Chatbot Survey 2017, conduzida pela MindBowser em parceria com o Chatbots Journal, mostrou que 61% dos entrevistados acreditam que os chatbots provavelmente não irão substituir totalmente as pessoas num futuro próximo. Tendo isso em vista, quais os benefícios da plataforma que a Zotto Mobile criou para uma empresa em relação ao atendimento que normalmente é feito pelo ser humano?
Richard Ribeiro: Os principais benefícios que as empresas têm ao usar a nossa plataforma são: possibilidade de múltiplos atendimentos simultâneos, retenção de informações de clientes e prospects que interagirem com o chatbot, canal de comunicação aberto 24h entre a empresa e seus clientes, agilidade na resolução de problemas simples e possibilidade de, caso necessário, falar com um atendente humano.
Implantando Marketing: Quais as diferenças entre os chatbots de venda e de captação?
Richard Ribeiro: O Chatbot de Captação é indicado para empresas que querem mostrar os produtos ou serviços que oferecem no mercado. Ele exibe detalhes de cada um individualmente, sempre buscando deixar o cliente interessado em saber mais sobre esse produto ou serviço. O foco principal dele é a captação de dados como nome, telefone e e-mail que podem ser usados no futuro pela empresa para trabalhar os leads.
Já o Chatbot de Vendas consegue fazer tudo isso que o de captação faz, mas oferece a opção de, efetivamente, comprar o produto que exibe. Ele tem ligação com sistemas de pagamento, como PayPal, para validação da compra, eliminando a necessidade de acessar um site ou ir até a loja para realizar a compra.
Implantando Marketing: Como surgiu a ideia de oferecer esse tipo de serviço para o mercado?
Richard Ribeiro: A Zotto Soluções Mobile já tem um histórico de prestação de serviços de chatbot sob demanda, e nossa experiência mostra que vários dos clientes que demandam esse serviço possuem necessidades similares. Assim, separamos essas necessidades em grupos e produzimos modelos que possam atendê-las, com uma ou outra implementação mais específica. Essa prática nos permite resolver um outro questionamento desses clientes: o preço. Por isso, oferecemos esses produtos em 4 formatos diferentes, cada um focado em uma dessas necessidades mais latentes, que são os Chatbots para Atendimento, Chatbots para Agendamento, Chatbots para Venda de Produtos e Chatbots para Eventos.
Implantando Marketing: Por que decidiram criar duas plataformas de chatbots?
Richard Ribeiro: O projeto ZTORE é a união de duas plataformas. Uma delas é a BotZtore, que é focada em chatbots, a outra é a AppZtore, que surgiu de observações de mercado similares às anteriores, mas ao invés de oferecer chatbots baseados em modelos, conta com aplicativos mobile baseados em modelos.
Implantando Marketing: A pesquisa citada nesta entrevista apontou também que o anúncio do Facebook sobre “Messenger Chatbots” pode ter sido o maior catalisador do conhecimento sobre a tecnologia. Na sua opinião, os chatbots funcionam melhor no Facebook ou em outras mídias?
Richard Ribeiro: O Facebook tem a vantagem de permitir o uso de recursos visuais mais completos, como cards e menus, que não funcionam em plataformas como SMS ou e-mail. Existem outras plataformas em que o chatbot pode funcionar e se utilizar desses recursos, como o Telegram e o Skype, mas as empresas não teriam o mesmo resultado com essas plataformas devido ao Facebook ser, hoje, a rede social com mais usuários no mundo. Por isso, a amplitude de clientes que serão expostos aos chatbots dentro dele será muito maior e, consequentemente, os resultados serão melhores.
Implantando Marketing: Uma previsão de Peter Sondergaard, vice-presidente sênior de pesquisa da Gartner, empresa líder de pesquisa em tecnologia de informação (TI), considera que em 2020 pode ser que não tenha mais aplicativos e citou também a afirmação que Mark Zuckerberg deu em 2017 sobre o fim dos smartphones. Você acredita que os chatbots poderão superar os aplicativos móveis e os smarthphones nos próximos cinco anos? Por quê?
Richard Ribeiro: Não acho que os chatbots vão eliminar a necessidade de aplicativos em um médio prazo. Existem situações em que um chatbot não opera tão bem, como no caso de transações financeiras, que lidam com informações pessoais sensíveis. Os chatbots podem trabalham melhor com situações de atendimento. Por exemplo, se eu quiser falar com 4 lanchonetes diferentes hoje, tenho que usar 4 aplicativos diferentes. Isso vai consumir armazenamento no meu celular e, consequentemente, vou deletar os aplicativos quando precisar de espaço. O chatbot elimina esse problema. Com um agregador de bots, como o Facebook Messenger, posso conversar com as mesmas 4 lanchonetes usando somente um aplicativo, já que cada chatbot vai ser exibido como um contato da minha lista.
Sobre a afirmação do Mark Zuckerberg, acho pouco provável que se confirme. É um espaço curto para o lançamento de um gadget que substitua TOTALMENTE o que os smartphones fazem por nós hoje. Existem sim várias especulações e protótipos de novas tecnologias, mas nenhuma está em estado avançado o suficiente para tomar o lugar dos smartphones nas nossas vidas hoje.
Implantando Marketing: Além dos chatbots, quais os outros serviços a Zotto Soluções Mobile oferece para o mercado?
Richard Ribeiro: Nossa outra expertise é a produção de aplicativos mobile sob demanda, em que desenvolvemos uma solução personalizada de acordo com as necessidades do cliente. Ainda no desenvolvimento de aplicativos, temos a AppZtore, que é nossa segunda plataforma de produtos modulares. Como falei acima, ela foi desenvolvida por meio de observações de mercado, buscando atender necessidades mais comuns, semelhante à BotZtore. Também desenvolvemos plataformas web com foco em gerenciamento de dados e serviços de consultoria, tanto para empresas que querem melhorar seus processos internos com o uso de tecnologia quanto para startups que buscam lançar seus produtos no mercado, mas não sabem qual a melhor tecnologia a ser adotada.