As empresas a todo instante buscam formas de comunicação para atingir seu consumidor, seu público. Suas características, atributos, diferenciação no mercado e benefícios. Para isso, utilizam do que conhecemos como storytelling. Essas histórias sobre uma empresa devem ser interessantes o bastante para que o consumidor compre o seu serviço, ideia ou produto.
A narrativa característica do storytelling faz com que a informação se torne tangível para o consumidor. Cria memórias para quem o assimila, e que deve ser simples, sem rebuscamentos, para que possa ser facilmente assimilada por quem o está recebendo essa informação.
O storytelling também é utilizado internamente pelas empresas quando querem transmitir valores e engajar os empregados (e deve ter congruência entre o que querem apresentar interna e externamente).
Contar histórias é um hábito proveniente dos primórdios, seja através dos livros infantis, de contos de fadas, dos filmes que assistimos hoje e até novelas. Entre as características mais comuns dessas narrativas estava o desafio a ser vencido, o final feliz que nem sempre acontece e, faz com que quem assiste ou lê tenha essa expectativa. Fazer a nossa imaginação voar. E isso, é diferente de algum produto que, de repente, você viu num comercial de televisão ou numa rede social? Não.
O uso do storytelling também é usado quando queremos passar nosso ponto de vista para frente e até convencer o nosso chefe de cada dia. Salientamos os aspectos que nos favorece para reduzir o foco daquilo que não queremos contar.
Em termos de mercado, uma boa informação deve ser bem elaborada para que o consumidor compreenda sua marca ou que a empresa quer vender. Ela precisa tocar na mente do consumidor e do cliente e, se ele pensar que lâmina de barbear significa “gillette”, pronto, o storytelling da marca, da campanha da empresa, conseguiu algo extraordinário. Uma empresa que comunica seus valores através por meio de um storytelling, de uma história bem narrada, constrói uma relação de confiança entre seus clientes e empregados. Mas, deve-se tomar cuidado em como elas são contadas e por quem, já que cada uma se dirige a um diferente público-alvo.
Se a história é envolvente, com emoção, ela praticamente sobreviverá por conta própria. Vai se propagar pelas redes sociais, pelo boca a boca sem esforço maior por parte da empresa. Caso seja contada pela televisão, boa parte dessa emoção virá de nossa identificação com as pessoas e situações que já vivenciamos e nos remetem a uma realidade desejável ou perdida, ou até mesmo um sonho almejado. Com isso, o expectador se lembrará da empresa, do que ela faz no mercado, de seus valores e produtos.
No entanto, apesar de acharmos tudo isso bonito, enquanto uma propaganda de TV visa transmitir aspectos que valorizam a empresa, seus pensamentos, valores, tradições, o storytelling pode naufragar se não for bem estruturada, pensada e analisada com atenção. Afinal, elas ajudam a construir uma imagem de suas marcas na mente dos consumidores, mas não criam um efeito duradouro na mente das pessoas. Isto acontece porque somos bombardeados de informações através das redes sociais, e-mail marketing, televisão, cinema ou qualquer outra fonte de informação. Com tanta propaganda, o que atrapalha a compreensão do consumidor, seus estímulos não dão conta e passam a não registrar completamente as mensagens.
O fato do brasileiro não ter o hábito de leitura, uma narrativa escrita não é facilmente entendida e absolvida. Em conjunto, esses fatos impõem às empresas a necessidade de adequarem sua comunicação às idiossincrasias da nossa região.