Para iniciar o artigo de hoje proponho um questionamento: Até que ponto é válido fantasiar uma história para ser bem visto pelos consumidores?
Muitas vezes os consumidores se identificam com a marca por sua história, tradição ou simplesmente pelo design de sua embalagem. Quando o envolvimento com a marca acontece por um contato visual é mais fácil de ser obstruído, porém, quando o envolvimento conta com uma história, a parte emocional do consumidor pode ser ativada e esse laço com a marca pode levar muito tempo para ser desfeito ou até o consumidor descobrir que aquela história, com a qual ele se identificou tanto, é falsa.
Você já deve ter lido alguma coisa por aí falando sobre aquela marca de suco, das caixinhas bonitinhas e coloridas, que conta uma historinha envolvendo o cultivo da fruta da qual foi produzido o suco, pois é, eles estão enfrentando um probleminha com a justiça.
O Conar tomou frente da investigação que visava desmistificar a historinha da fazenda do Senhor Francesco alegando que os consumidores estavam sendo enganados por aquela empresa que se declarava 100% orgânica e que na verdade adquiria suas frutas da mesma empresa que fornecia para tantos outros fabricantes de sucos de caixinha. Inicialmente, o processo exigiu apenas que a empresa readequasse suas embalagens excluindo das mesmas a história fantasiosa.
Usando essa “historinha” como exemplo, podemos fazer uma breve análise de branding: Nós, como gestores de marcas, devemos sempre nos preocupar em conquistar a preferência dos nossos consumidores, porém, não podemos fazer com que isso se torne um objetivo a ser alcançado a qualquer custo. Precisamos ter em mente que é preciso traçar estratégias, que envolvam atributos capazes de conquistar nossos consumidores, mas que devemos tomar cuidado para que esse objetivo de conquista seja sempre em torno da verdade e da transparência.
Nunca devemos criar algo sobre nossa marca apenas para conquistar consumidores. É preciso ter em mente que a verdade é o melhor caminho para se alcançar a preferência de marca e uma imagem concreta.
Priscila Stuani
Oi Caroline,
Excelente reflexão!
Acredito que marca esteja profundamente relacionada com essência. Somos o que somos, e com um negócio também é assim.
É legal falar algo bonito, mas se não for real, isso se torna superficial e cedo ou tarde, a verdadeira essência aparece e se não estiver alinhada com o que se comunica, é dor de cabeça na certa…