Você sabia que estamos em contato com mais de três mil comerciais todos os dias?¹ Que o volume de informações que recebemos diariamente equivale ao conteúdo de 174 jornais?² E que nós vemos, em média, 500 imagens da manhã até a noite?³
Levando em consideração que o nosso cérebro não consegue processar nem metade destes números, como fazer sua marca ser lembrada pelos seus consumidores?
Sempre precisamos pensar que nossa mente tem mais chance de gravar conteúdos importantes e interessantes. E, para isso, a velha fórmula que associa marca e experiência é uma das estratégias mais eficazes… só que não funciona sozinha. É preciso criar uma identidade.
Se eu te pergunto qual é a sua identidade, você deve pensar imediatamente em um número de documento. Mas se for além, começa a encontrar outros meios de identificação como caligrafia e jeito de andar, por exemplo. São fatores que nos representam em conjunto ou separadamente, já que só pela voz uma pessoa é capaz de me reconhecer.
No mundo do Branding, a identidade do produto funciona da mesma forma. É preciso criar um conjunto de fatores como logotipo, frase, cores, som e cheiro, que representem sua marca juntos ou isoladamente. E esse reconhecimento é fundamental, já que reflete em um dos impulsos que fidelizam clientes e finalizam compras.
Foi pensando nisso que o designer da Malásia, Ewan Yap, resolveu testar até onde vai o poder de reconhecimento de uma marca. Ele selecionou alguns logotipos e reduziu o máximo possível para testar se ainda assim, o produto poderia ser reconhecido. Resultado: 16 marcas de bebidas ganharam latas com uma pequena parte do logo expandida, mas que, ainda assim,
conseguiam criar referências entre o público e a marca.
Ele chamou a experiência de “The Big Brand Theory” (em português, teoria da marca grande) e, por conta do design bonito e moderno que conseguiu, ainda criou excelentes opções de layout para as latinhas.
The Big Brand Theory despedaçou logotipos que eram cuidadosamente cultivados pelas empresas e provou, mais uma vez, que a identificação do produto acontece de forma subjetiva.
Se a estratégia é eficaz e a identidade é forte, o público associa mais facilmente pequenas partes ao todo, ou seja, simples estímulos podem levar o consumidor à mensagem completa.
Experimente fazer o teste proposto por Ewan Yap e descubra as marcas abaixo:
Referências:
1 – ConsumerReports.org
2 – University of Southern Califórnia
3 – FuidDriveMedia.com
Respostas:
1 – Gatorade
2 – Sprite
3 – Pepsi
4 – Fanta
5 – Heineken
6 – Guiness
Priscila Stuani
Caramba Bru!
Sabia que tenha contato com tantas marcas, comerciais e imagens, mas não sabia desses números…
Sempre reparo em algumas coisas, como por exemplo no shampoo, eles recomendam que lave o cabelo 2 vezes e use o condicionador da mesma linha para melhorar o resultado… Ou se você pega um halls ou bis, tem sempre lá “curta nossa fã page”…. Bombardeio de comunicação….
Muito legal esse estudo sobre o Big Brand Theory, não conhecia.
Gatorade não me pareceu familiar e guiness também não, nunca vi..rs.rs
beijos e parabéns pelo texto!
Heron Xavier
Que legal! Só não acertei a última marca rs.
Bruna Rebello
As marcas mais “distantes” da nossa cultura – Guiness, por exemplo – são as mais difíceis de acertar. Isso comprova que a identificação de um logotipo não é, apenas, pelas informações concretas fornecidas, e sim pelas referências que a marca já tem conosco.
Obrigada pelo comentário!
Carla Ferrari
Eh muita informacao todos os dias. Incrivel como sequer nos damos conta. E incrivel tambem a forca de uma identidade bem programada visualmente e como rápidamente reconhecemos a marca. A gente nao tem ideia do quanto tudo eh intencional. Otimo texto!
Ricardo Rebello
Fantástico, é muito interessante ver como as imagens, sons e marcas marcam coisas. Algum tempo atrás se voce fosse a farmácia e pedisse uma lâmina de barbear o atendente tinha dificuldade para identificar o produto, mas se voce pedisse gilette, ele mostrava um leque de modelos e marcas diferentes. Legal – Parabéns.