Smartphones: vícios da era mobile

A disputa de atenção entre assuntos numa roda de amigos e notificações nos smartphones é das mais acirradas possíveis.

Cada notificação é um mundo de possibilidades e ficar sem olhar o telefone por alguns minutos já causa pânico. Sem contar o desespero de quando a bateria tá acabando ou quando o sinal está fraco.

Ouvi certa vez de uma pessoa que os smartphones somados com a internet 3G acabaram com a conversa de bar e nos deixaram mais preguiçosos (e mais curiosos). Aquela conversa de “você lembra quem era o ponta esquerda do time de 99?” ou “Como chamava aquele ator daquela novela?” acaba com uma mera pesquisa no Google. Que a tecnologia virou uma extensão do nosso corpo, já sabemos. Mas estamos tão ligados ao mundo virtual, que muitas vezes se da mais importância a um post no Facebook do que o momento que passa em nossa frente.

Um dos pontos que chama a atenção é o apego (ou vício) dos usuários pelos seus smartphones. Uma pesquisa feita pela Revista Time em parceria com a Qualcomm, revelou que quase 60% dos entrevistados disseram verificar o dispositivo pelo menos uma vez a cada 30 minutos – sendo que mais de um terço (35%) checa uma vez a cada 10 minutos. Em uma outra pesquisa feita pela Telenav, 50% dos americanos preferem abrir mão de cafeína, chocolate e exercícios físicos a se desfazer de seus smartphones.

Bares, restaurantes e até lojas de utilidades já enxergam isso como oportunidade. Uma pesquisa feita com jovens de 15 a 22 anos, revelou que cerca de 75% deles preferem ir em um estabelecimento que seja até 20% mais caro, mas que tenha wi-fi. E se o bar interagir com o cliente nas redes sociais, seja com um “bem vindo!” após um check-in, uma mencionada no Twitter ou Facebook, esse número aumenta ainda mais, chegando a 90%. Mais do que nunca, socializar com o cliente é fundamental.

Voltando a falar do vício mobile, já existe até rehab e manual de etiqueta.

Em 2009, 2 terapeutas fundaram o Restart Internet Addiction Recovery Program, onde todos os aparatos digitais são deixados de lado em programa inclui uma internação de 45 dias e custa cerca de US$ 14.500.

No site www.socialrehab.sg, há regras básicas de como agir com o telefone à mesa no século XXI:

1) Smartphones devem ficar no bolso ou na bolsa (e não em cima da mesa).

2) Nada de fazer spam nas redes sociais sobre onde e com quem você está.

3) Sempre colocar o smartphone no modo silencioso.

4) Não atender telefonemas à mesa.

5) Manter contato visual com sua companhia e não com o seu telefone.

E ainda tem o “Phone Stacking”, brincadeira de empilhar os telefones e constatar qual amigo é o mais viciado, que vem divertindo muita gente. Todo mundo coloca o celular numa pilha, ou em um canto separado de cabeça para baixo, e faz o pedido. O primeiro que não resistir e pegar ele, paga a conta.

Vício, necessidade, apego, cada um entende de um jeito.  Mas e você, quantas vezes já olhou seu smartphone enquanto lê esse texto?

 

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13 comments

  1. Excelentes pontos, ARTHUR.

    De uns anos para cá, nossos hábitos com o celular mudaram drásticamente. Ele saiu do “ouvido”, ocupando uma de nossas mãos, para ficar na frente dos “olhos”, ocupando ambas mãos.
    O perigo em dirigir ao celular dobrou: antes era uma mão a menos no volante. Hoje são as duas(!).
    Mas além do perigo dessa e outras práticas ao telefone, vieram novas formas de mal educação que passa despercebida por quem pratica.

    Antes os mal educados que “incluíam” todos à sua volta na conversa telefônica porque falam gritando ao fone, agora “excluem” todos a sua volta do seu mundinho.
    Antes a mal educação era se achar tão importante e melhor que os outros (um pouco tbem e show-off) que precisavam gritar ao fone. Agora, piorou, as pessoas acabam demonstrando, mesmo que involuntariamente, que os outros não tem a mínima importância à sua volta, ao ignorá-las no convívio social físico, para ficarem apenas de olho no smartphone e o virtual.

    Eu mmo me flagrei muitas vezes ignorando os amigos e colegas à mesa, entretido ao celular.

    Qdo tomei conhecimento do “Phone Stacking” comecei a praticar e vi os benefícios.
    Recomendo altamente!

    Excelente tema, ARTHUR!
    Abraços. :)

    • Arthur de Castro

      Andre, falou e disse!

      Estive na praia nesse feriado, e é incrível como esse vício está cada vez maior. Pessoas deixando de ir mergulhar, tomar um sol, pra ficar debaixo da sombra pra enxergar melhor a tela e poder fazer publicações.

      Já experimentei algumas vezes o “Phone Stacking” e é muito divertido ver a cara de todo mundo ao barulho de uma notificação. Eu e meus amigos ainda fizemos um “nivel hard”, onde todo mundo coloca a mesmo som da notificação, ai aguça ainda mais a curiosidade.

      Obrigado André, “tamo junto” ! ;)

  2. Interessante essa colocação: “Que a tecnologia virou uma extensão do nosso corpo”
    Boas as dicas “boas condutas” na utilização dos smartphones.

    Enquanto lia o teto olhei 2x meu smartphone… rsrs

    • Arthur de Castro

      Legal né Ana Paula? Esse conceito é o do cibridismo, muito interessante o assunto.

      ah, olhou poquinho… heheheh

  3. Olá Arthur!

    É verdade… Às vezes penso: que bom que nasci na era digital! :D

    Bom, até agora só olhei meu smarphone uma vez, mas é tentador.
    Durante a noite eu desligo, porque se ouvir que tem mensagem eu levanto para ler na hora.
    Já no ambiente corporativo o negócio é mais delicado, afinal quem é que não fica com sono em uma reunião chata ou curioso para saber o que está rolando nas redes e mídias sociais?
    Mas as dicas que você apresentou sobre “boas práticas” com o smartphone são boas!

    E vamos combinar que seja em uma conversa com o marido, com cliente ou o chefe, olhar o celular enquanto eles falam é super chato!

    • Arthur de Castro

      Pois é Priscila, eu como “defensor” da era mobile, também penso assim.
      Mas do mesmo jeito, fico lembrando de quando eu tinha meus 9, 10 anos, jamais imaginei que chegaria do nível que chegou. O que assusta (ou encanta) é que a tendencia é só “piorar”…

      Com certeza, fica um clima chato quando você ta conversando com alguém e a pessoa só fica no “aham, aham” enquanto não tira os olhos do smartphone.

  4. Amanda

    Nossa Arthur, tudo que vc relatou eu vivencio todos os dias! Ond fica essa clínica mesmo? rs
    Brincadeiras a parte, é incrível como essa tecnologia mudou a rotina e principalmente o comportomanento das pessoas!
    Difícil é seguir essas dicas, uma vez que a curiosidade é aguçada a cada notificação ou a falta dela!
    Parabéns,ótimo texto!

    • Arthur de Castro

      Obrigado Amanda.
      A clinica fica fica em Washington!

      Exatamente, a cada dia ficamos mais dependentes da tecnologia e dos nossos smartphones.
      Acaba que ficamos mal acostumados, com tantas facilidades e novidades ao nosso redor.

    • Arthur de Castro

      Obrigado Vanessa. Pode parecer que são muito simples, mas essas dicas surtem efeito!
      O “Phone Stacking” é bem divertido também!

  5. Flávia Rodrigues

    Muito bom Arthur!
    Estamos cada vez mais viciados e de certa forma dependentes dos smartphones.
    A brincadeira no bar vai ser testada em breve comigo e meus amigos! Adorei! rsr

    • Arthur de Castro

      Corretissima Flávia!
      Difícil é ficar mais de 20min sem cutucar a telinha (na verdade, eu não passo nem 5)

      Faça o teste mesmo! é divertido hehehehe

      Obrigado!!

  6. Alessandra Alkmim Costa

    Nossa!!!!!! Esse texto foi para mim! Sinto-me uma escrava da tecnologia e já começo a sentir os efeitos: dor nas mãos e nos pulsos. Isso é muito sério. Com certeza esse texto serviu para uma séria e profunda reflexão sobre o vicio dos smartphones. Super valeu!!!!!!!!