O texto de hoje foi escrito pelo jornalista Marcelo Sander, do blog Mercado Web Minas. Marcelo trabalha com web desde 2001 e atualmente é Analista de Conteúdo Web da Central Exportaminas. Ele é formado em jornalismo pela Fumec e pós-graduado em Marketing Político pela Fundação Santo Agostinho.

Dizem que você não se torna um profissional de comunicação, você nasce um. É mais fácil identificar desde pequeno quem pode se enveredar na profissão. Aquela criança que, mesmo depois da fase, ainda continua perguntando “por que”, aquele adolescente que sempre pergunta “por que não?”, o jovem que adora ser o primeiro a dar notícias, que é escolhido pela família sempre que é preciso escrever em um cartão ou fazer um discurso.


Esse sempre foi meu caso, mesmo só tendo escolhido a profissão pouco antes de prestar vestibular (mas sem ter precisado fazer teste vocacional). Mesmo durante o curso é possível perceber na sala de aula quem vai seguir carreira e quem não vai levar o menor jeito, mesmo depois de formado. E olha que no meu tempo ainda era exigido diploma!

Quando me formei, no fim de 2002, muitos ainda tinham uma visão romântica da profissão. A web não era mais que mais uma sala na redação dos jornais que se limitava a reproduzir o que saía no papel. Quase não se falava de internet na época. Pra se ter uma ideia da precariedade, achávamos o máximo acessar o “Último Segundo” do Portal iG e, a cada F5, ver que uma nova notícia havia sido postada. Lembro que achei o máximo a forma “diferente” com que o Portal Terra noticiou, quase em tempo real, os atentados de 11 de setembro de 2011. Enquanto todos os sites se limitaram a publicar uma foto, o Terra publicou um gif animado do avião se chocando contra o WTC (ooooh!).

Na época, as faculdades ainda tinham um foco muito grande no impresso, rádio e TV. Matérias de web e assessoria de imprensa engatinhavam e não tinham tanto interesse dos alunos. Justo as áreas que mais contratam atualmente! Lembro que eu já adorava fazer um bom networking mesmo sem saber que o estava fazendo. E era sem maiores interesses profissionais, mas que me abriram muitas portas depois de formado. Eu era aquele cara que transitava entre os períodos, tinha amigos uma turma na frente, uma turma atrás e até em outros cursos como Direito, Publicidade e Psicologia (ah, as alunas da psicologia…;-).

Às vezes eu acho que era até aparecido demais. Era um dos poucos que ia pra aula mesmo na Semana da Comunicação (quando quase ninguém ia), participava dos cursos extra-curriculares, das palestras, do D.A. (embora tenha me frustrado de cara), fiz monitoria no laboratório de rádio, na rádio universitária, cantei no coral da faculdade, enfim, usei tudo o que a faculdade tinha para oferecer.

Assim, já no segundo período estava estagiando, (quase) sempre na área. A partir do quinto período, comecei a estagiar com webjornalismo em uma agência pequena, o que me propiciou fazer um pouco de tudo no jornalismo e  – por osmose – aprender com os colegas de trabalho noções de html, programação, edição de imagens, etc. Naquela época ainda era uma função de vanguarda dentro do jornalismo e, por eu ter feito curso técnico de Processamento de Dados no fim dos anos 90, já tinha uma certa familiaridade com a informática.

De lá pra cá, não parei mais. Mesmo assim, se pudesse voltar no tempo, percebo que faria algumas coisas diferentes. E aqui vai uma dica: o sucesso na profissão está mais relacionado à atitude e pró-atividade do que a estudo formal. Certa vez precisei contratar um pintor. Fiz dois orçamentos. O primeiro me enviou um orçamento com valor X. O segundo me ligou, marcou de encontrar, explicou todo o serviço, depois me ligou de novo passando o orçamento (no mesmo valor do outro) e já me indicando o material que seria necessário comprar, o preço do material e aonde comprar mais barato. Adivinha com quem eu fechei? Pois é, atitude!

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